Trombose Venosa Profunda

A Síndrome da Classe Econômica

Durante as férias muitas pessoas aproveitam para viajar para localidades mais distantes.  Isso costuma implicar em longas horas dentro de um carro ou avião. Quando você permanece sentado por um longo tempo, seja em viagens longas de carro ou voos de companhias aéreas, o seu risco de desenvolver um coágulo na circulação aumenta. O aumento da ocorrência de casos de trombose venosa profunda nas pernas decorrentes de longos períodos sentado dentro de um avião até originou o termo “síndrome da classe econômica, pois os aviões lotados oferecem pouco espaço para movimentar as pernas, e é justamente nelas que a trombose venosa profunda mais ocorre.

Exercícios simples, feito a cada hora durante a viagem, ajudam a estimular a circulação e reduzir o risco do desenvolvimento de coágulos. Abaixo seguem algumas orientações:

Exercite suas pernas enquanto sentado

  • Comece com movimentos de abrir e afastar seus dedos do pé 10 vezes. Movimente seus tornozelos, circulando seu pé nos sentidos horário e anti-horário 10 vezes para cada pé.
  • Com os pés apoiados no chão, eleve os dedos e os calcanhares alternadamente por 10 vezes. Repetir a sequência inteira de exercícios uma vez a cada hora.

Pe exercícios de perna

  • Exercite suas panturrilhas no corredor, levantando-se na ponta dos pés e mantendo a posição por 3 segundos. Apoie-se em algum lugar para manter o equilíbrio. Estique as pernase dobre cada uma delas para trás alternadamente. Pegue o seu tornozelo e puxe o calcanhar em direção a sua nádega, mantendo o tronco ereto. Mantenha a posição por 10 segundos.

Outras maneiras de prevenir a trombose venosa profunda em viagens:

  • O uso de meias elásticas com orientação médica é uma das principais medidas. O uso de medicações anti-coagulantes também pode ser indicado para pacientes de alto risco.
  • Simplesmente levantar-se e andar para cima e para baixo corredor do avião pelo menos uma vez por hora é uma precaução fácil de prevenir a TVP.
  • Mantenha-se hidratado, beba muita água e evite cafeína e álcool.
  • Evite descongestionantes e auxiliares de dormir, que também tendem a torná-lo desidratado.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

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Alívio para pernas cansadas

Com essas temperaturas de Verão que tem feito em Porto Alegre em pleno, acabei por ter a oportunidade de testar um produto que só esperava fazê-lo lá por dezembro. Fui chamada para auxiliar uma cirurgia cardíaca de urgência e, claro, estava sem minhas meias elásticas aquele dia. Resultado: pernas MUITO cansadas. Foi então que, ao chegar em casa, resolvi testar o Clarins Lait Jambes Lourdes.

Trata-se de um dos produtos mais tradicionais nessa linha de cremes para aliviar os sintomas de “pernas pesadas”, como o próprio nome já sugere. O cheiro é agradável e não é muito forte, se considerarmos que esses produtos sempre tem o cheiro de menta bem presente. Contém erva de São João, camomila, avelã, majericão e sálvia. Absorve rápido na pele e deixa uma boa textura.

Esses cremes devem ser aplicados de forma semelhante: espalhe um quantidade suficiente do creme a partir dos pés e tornozelos até a parte de baixo da coxa, logo acima do joelho. Massageie com movimentos de baixo para cima, como uma drenagem linfática.

Existem vários cremes para essa finalidade, porém confesso que nunca havia testado por simplesmente não acreditar que funcionassem. Entretanto, como muitas pacientes me pedem orientações para alívio desses sintomas, resolvi testar. Fiquei bastante satisfeita, pois aquela sensação de latejamento ao deitar após 6 horas em pé numa cirurgia foi substituída pelo frescor do creme.

Devo acrescentar que tenho um daqueles “travesseiros anti-varizes”, que elevam os pés, e também faço uso dele sempre que o dia é mais puxado. No dia seguinta, já estava sem dor. Mas, na dúvida, saí de meia elástica…

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Sem categoria, Trombose Venosa Profunda

Novidades do tratamento da Trombose Venosa Profunda

Durante muitos anos, os antagonistas da vitamina K (Ex. Marevan, Varfarina, Marcoumar, etc), a heparina não-fraccionada e a heparina de baixo peso molecular eram as únicas drogas anticoagulantes disponíveis para a prevenção e tratamento da trombose venosa profunda e tantas outras doenças decorrentes da formação de coágulos na circulação. No entanto, seus benefícios foram associados a desvantagens, tais como a administração subcutânea ou a necessidade de monitoramento frequente com exames de sangue para coagulação. Havia a necessidade de desenvolver novos medicamentos que simplificassem o tratamento sem perder a eficácia. Rivaroxaban e Dabigatrana são drogas que estão agora disponíveis em alguns países para o tratamento da trombose. Além disso, esses medicamentos apresentam potencial para a prevenção de AVC (derrame) em pacientes com fibrilação atrial, o tratamento de tromboembolismo venoso e prevenção de eventos secundários em síndrome coronariana aguda.

O Rivaroxaban, disponível no mercado brasileiro como Xarelto R, é um inibidor oral direto do fator Xa, uma proteína específica do sistema de coagulação. Já a Dabigatrana inibe a trombinha, uma proteína envolvida na ativação da coagulação. A varfarina bloqueia a vitamina K e, assim, interfere na produção de fatores de coagulação, o que explica sua demora para início de ação e necessidade de associação com as heparinas.

Por apresentarem uma ação mais específica no sistema de coagulação e menos sujeita à interação com outros agentes, houve certo entusiasmo devido à previsibilidade da ação desses medicamentos, o que remove a necessidade de controles laboratoriais frequentes dos pacientes.

Tanto o Rivaroxaban quanto a Dabigatrana foram apresentados a médicos e pacientes como a primeira oportunidade em 60 anos de substituir a varfarina, uma droga que sabidamente apresenta vários riscos relacionados ao seu uso e que, por isso, necessidade de controle rigoroso através de exames de sangue, além de impor uma série de limitações com relação a outros medicamentos e mesmo alimentos aos pacientes em tratamento.

Entretanto, a ocorrência de sangramentos graves e fatais relacionados ao uso dessas novas drogas, em especial a Dabigatrana, levaram muitos médicos a hesitar em usá-las. As complicações se devem normalmente ao efeito hemorrágico das medicações, que também é comum aos seus antecessores, tanto heparina quanto varfarina e femprocumona. Entretanto, a ausência de um antídoto eficaz para essas novas medicações é que preocupa os médicos e causa desconforto e pressa na indústria farmacêutica.

Não pretendo aqui desencorajar o uso dessas novas medicações. Pelo contrário!!! Acredito que são um grande avanço e tenho usado Xarelto com boa adaptação em alguns pacientes. A Dabigatrana ainda não apresenta estudos definitivos para as doenças normalmente tratadas pelo cirurgião vascular e, por isso, não a utilizei até o momento. Certamente a facilidade de uso, acerto de dose e a apresentação em comprimidos, ao invés das injeções de heparina, revolucionaram o tratamento da trombose venosa profunda e de sua prevenção no período pós-operatório de diversas cirurgias. Mas os estudos clínicos realizados demonstraram que essas facilidades não devem incitar o acompanhamento relapso do paciente e a falta de uso criterioso e responsável. Para aqueles pacientes que usam anticoagulantes atualmente, essas novas alternativas devem ser discutidos com seus médicos.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Entrevistas, Trombose Venosa Profunda

Ouça a entrevista concedida à Rádio Pampa AM: Trombose Venosa Profunda

Clique no botão verde abaixo para ouvir a entrevista concedida pela Dra. Ana Carolina ao Programa Pampa Saúde, da Rádio Pampa AM 970 kHz, de Porto Alegre/RS, no dia 15 de dezembro de 2011 (é necessário ter o Adobe Flash Player instalado).

[dewplayer: https://www.varizesportoalegre.com.br/wp-content/entrevistas/PAMPA_SAUDE_ANA_CAROLINA_COSTA.mp3.lite.mp3]

Trombose Venosa Profunda

Entrevista à Rádio Pampa AM 970 kHz

Nos próximos dias, será apresentada no Programa Pampa Saúde minha entrevista com esclarecimentos sobre o tema Trombose Venosa Profunda.

Em breve, disponibilizaremos o áudio da entrevista aqui no blog.

Até lá, fiquem atentos à programação da Rádio Pampa AM 970 kHz.

Aproveito para agradecer à equipe da rádio pelo convite.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Risco de Trombose com uso de Anticoncepcionais

Risco de Trombose com uso de Anticoncepcionais

Anvisa alerta sobre risco de trombose em usuárias de anticoncepcionais

Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

31/10/2011 | 14h05 | Mulheres

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta segunda-feira uma alerta às mulheres que tomam anticoncepcionais combinados (com dois tipos de hormônio). A informação é que o uso frequente de anticontraceptivos que contém o hormônio drospirenona pode elevar o risco de formação de coágulos, assim como trombose venosa e tromboembolia pulmonar.

A informação é baseada nos resultados em um estudo feito entre 2001 e 2009 com mulheres dinarmaqueses que tinham entre 19 e 49 anos e que não engravidaram nem tinham em seu histórico doenças trombóticas. O estudo ganhou destaque após ser publicada na respeitada revista acadêmica British Medical Journal (BMJ) e no sítio eletrônico da agência norte-americana para medicamentos e alimentos, o Food and Drugs Administration (FDA).

As pilulas combinadas ganharam popularidade por diminuirem os efeitos colaterais comuns nos anticoncepcionais, como inchaço, ganho de peso, dores de cabeça e diminuição de libido, já que são feitas com quantidades diferenciadas de hormônio.

Os pacientes que fazem uso de anticoncepcionais com o hormônio drospirenona (um hormônio similar à progesterona que o corpo produz), como Yasmin e Yaz da farmacêutica BayerHealthCare , devem seguir todas as recomendações médicas, segundo a Anvisa, e comunica-lo no caso de qualquer reação adversa durante o uso, mesmo que as reações estejam na bula.

Segundo a Bayer, fabricante de 10 tipos de anticoncepcionais combinados,  “o tromboembulismo é raro na população em geral, mas é durante a gravidez que o risco aumenta. Sendo que uma pesquisa feita pelo laboratório apresentou 60 casos de trombose entre mulheres grávidas, em 100 mil, enquanto em usuárias de anticoncepcional houve de 20 a 40 casos e mulheres que não tomavam contraceptivos apresentaram de 5 a 10 casos”.

A Anvisa informou ainda que continua favorável ao uso, mesmo sem concluir um “parecer definitivo” e permanece acompanhando o assunto.


Comentário da Dra. Ana Carolina:

O periódico British Medical Journal publicou, em abril desse ano, um estudo que demonstrou que, embora os novos anticonconcepcionais com drospirenona não causem a maioria dos efeitos colaterais conhecidos desses medicamentos, o risco de causar trombose venosa profunda continua a ser um problema.

Em outros tópicos desse blog, você poderá entender o que é a trombose venosa profunda e suas causas. A relação entre trombose venosa profunda e o uso de anticoncepcionais é conhecida de longa data. Inclusive, um histórico de trombose pode ser motivo de contra-indicação desse método contraceptivo em algumas pacientes predispostas. O alarde atual está no desapontamento ao observar que um dos efeitos colaterais mais graves dessas medicações continua limitando seu uso mesmo nas formulações mais modernas. Estudos de 2007 não demostraram a correlação dessa linha de anticoncepcionais com a trombose.

Entretanto, não há motivo para abandonar o método, nem mesmo anticoncepcionais como Yaz e Yasmin. A avaliação de um especialista pode ajudar a decidir entre as opções disponíveis e usar o anticoncepcional de forma eficaz e segura.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Modalidades terapêuticas

Modalidades terapêuticas

ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR:

  • Tratamento de varizes: cirurgia convencional e a laser
  • Tratamento de microvarizes: escleroterapia
  • Angioplastia periférica (procedimento para desobstrução arterial e venosa)
  • Enxerto arterial (bypass e ponte de safena)
  • Tratamento das artérias carótidas (cirurgia convencional e angioplastia)
  • Correção de aneurisma de aorta por via abdominal e endovascular
  • Tratamento de trombose venosa profunda
  • Prevenção e check-up vascular

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)