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Novidades em anticoagulação oral

Estudo: Anticoagulante oral é eficaz contra embolia pulmonar.

Fonte: www.terra.com.br

Um novo anticoagulante por via oral fabricado pela gigante farmacêutica alemã Bayer demonstrou ser tão eficaz e seguro quanto outros tratamentos injetáveis para evitar embolias pulmonares, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira.

O medicamento Xarelto (rivaroxaban) foi testado como terapia para prevenir ou tratar o tromboembolismo venoso (TEV), o terceiro tipo mais comum da doença cardiovascular, que pode afetar as pernas e os pulmões.

A embolia pulmonar, provocada por coágulos nos pulmões, é a terceira causa de morte em hospitais dos Estados Unidos. O estudo, feito com quase 5 mil pessoas em 38 países no âmbito de um teste clínico internacional de fase 3 concluiu que a pílula é mais fácil de administrar do que a terapia padrão de duas injeções do anticoagulante enoxaparina, seguidas de um antagonista da vitamina K, outro anticoagulante.

Também provou ser mais seguro em termos de prevenção de hemorragias graves, disse o principal cientista responsável pelo estudo, Harry Buller, professor de medicina vascular do Centro Médico Acadêmico de Amsterdã.

Buller disse em um comunicado que o rivaroxaban “é tão eficaz quanto o tratamento padrão para a embolia pulmonar” e destacou a simplicidade de sua administração por via oral. Todos os participantes do estudo foram diagnosticados com embolia pulmonar e um quarto também tinha coágulos nas pernas.

O grupo da pílula tomou o medicamento por via oral duas vezes por dia durante três semanas e depois uma vez por dia durante o restante do estudo, que durou entre 3 e 12 meses e foi considerado apropriado para vários tipos de pacientes.

O outro grupo recebeu duas injeções de enoxaparina por dia durante cinco dias, seguidas de injeções de vitamina K. As descobertas permitiriam oferecer um tratamento mais simples aos pacientes, embora a terapia padrão de injeções seja eficaz contra a trombose em quase 90% dos casos. O rivaroxaban foi aprovado pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos para prevenir coágulos em pacientes que se submeteram a cirurgias de quadril ou de joelhos.

Os últimos dados do teste clínico, conhecido como EINSTEIN-EP e patrocinado pelas farmacêuticas Bayer e Janssen Pharmaceuticals, foram apresentados na conferência da American College of Cardiology (ACC, na sigla em inglês), celebrada em Chicago. Mais detalhes foram divulgados na edição online da publicação especializada New England Journal of Medicine.

Comentários:

Recentemente os estudos da indútria farmacêutica se voltaram ao desenvolvimento de medicações que facilitassem o manejo dos pacientes que necessitam de tratamento de anticoagulação oral, popularmente conhecido como “afinar o sangue”.  O uso crônico de anticoagulante exige grande cooperação e dedicação do paciente, o que nem sempre é possível quando lidamos com grandes contingentes populacionais e diversidade sócio-econômico-cultural. O advento de novos anticoagulante de controle mais simples trouxe grande euforia à classe médica e, principalmente, aos pacientes. Entretanto, é preciso ressaltar que o uso desses novos anticoagulantes apenas foi aprovado até o momento para uso profilático em pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas e, recentemente, para portadores de arritmia cardíaca tipo fibrilação atrial. O uso em pacientes para tratamento de embolia pulmonar e trombose venosa profunda ainda não apresenta evidência científica inequívoca. Aguardamos os resultados de mais estudos em andamento para estabelecer os limites preciso dessa nova prática na medicina.

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