Cirurgia de Varizes precisa ser feita em Hospital?

Cirurgia de Varizes precisa ser feita em Hospital?

cirurgia de varizes fora de hospital

Você provavelmente ainda não sabe, mas hoje em dia é possível fazer uma cirurgia de varizes sem precisar ir para o hospital.

Isso mesmo! É possível operar varizes de diversos tamanhos sem a necessidade de ir ao hospital. Tudo na Clínica, com anestesia local e acesso aos equipamentos mais avançados da Flebologia Moderna.

Eu confesso que sonhei com esses procedimentos durante anos, uma vez que já era realidade nos EUA há 20 anos atrás, quando eu ainda estava na faculdade de Medicina.

Mas qual a vantagem de operar na Clínica? Bem, a principal vantagem, a meu ver, é justamente não ter que pisar em um hospital e todas as doenças que circulam neles. Ademais, a facilidade de agendamento e pontualidade são outras vantagens da Clínica, uma vez que as únicas agendas que precisam ser conciliadas são a do paciente e da equipe cirúrgica.

Além disso, na clínica nós temos diversos equipamentos à disposição, como a Realidade Aumentada, o Laser Transdérmico, o Resfriador de pele, que não temos num Bloco Cirúrgico. Por isso, na Clínica se torna possível associar o tratamento funcional ao estético. Tudo num único procedimento.

Mas a cirurgia na Clínica é para todo mundo? Evidentemente não. Há casos mais complexos que ainda exigem que o procedimento seja realizado em bloco cirúrgico, assim como alguns pacientes que apresentem maior risco por doenças associadas.

Agora, me conte: O que você acha da idéia da cirurgia de varizes fora de hospitais?

É possível tratar as varizes por Planos de Saúde?

É possível tratar as varizes por Planos de Saúde?

Tratamento de Varizes pela Unimed

Uma das dúvidas mais frequentes tanto em consultório quanto aqui e nas redes sociais é sobre quanto do tratamento de varizes e vasinhos pode ser feito pelos convênios.

Muitos pacientes acham que a discussão gira em torno do que qualifica um procedimento como “estético”ou “funcional”. Então, queixam-se de sentir dor e desconforto nas pernas por causa dos vasinhos e que, por isso, o Plano de Saúde deveria oferecer cobertura para o procedimento.

Mas a verdade é que a cobertura dos planos de saúde para qualquer procedimento está definida no Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS). E esse Rol é atualizado ano a ano.

Evidentemente, qualquer afirmação que eu escreva hoje sobre essa lista de cobertura vale apenas para hoje. Assim, vale a pena conferir a lista atualizada no momento em que ler este artigo.

Atualmente, entre os procedimentos que se referem ao tratamento de varizes, a lista consta apenas da Cirurgia Convencional de Varizes, sem uso de Laser. Esclerose de vasos pode ser usada apenas para veias do esôfago, em pacientes portadores de cirrrose, por exemplo, mas não para as telangiectasias (aqueles pequenos vasinhos) das pernas.

Assim, a própria cirurgia com uso da técnica de Endolaser não tem a cobertura prevista para planos de saúde. E esse tipo de tratamento não tem absolutamente nada de estético, pois pode tratar safenas doentes, por exemplo. O procedimento de laser transdérmico também não faz parte da lista. Então, independente de ocasionarem ou não sintomas, esse tipo de tratamento pode não ser coberto pelo seu convênio.

Ainda assim, é possível que alguns convênios cubram esses procedimentos, mas apenas por questões pontuais de contrato com alguns usuários, mas não são a regra.

Cirurgia de Safenas sem Laser

Cirurgia de Safenas sem Laser

Qual o melhor procedimento para tratar as varizes?

Atualmente, podemos tratar as varizes pela cirurgia convencional, pela técnica com laser, ou com espuma.
Muitos pacientes ficam em dúvida sobre qual a melhor opção para o tratamento. Inicialmente, devemos considerar que nem todos os pacientes são candidatos a todos os tratamentos. Cabe ao cirurgião avaliar o paciente e decidir quais as opções possíveis.
A decisão dependerá da experiência do cirurgião vascular. Entretanto, considerando as orientações de diretrizes internacionais e que não haja impedimentos técnicos, a ablação térmica por laser ou radiofrequência é a primeira opção para tratamento de safenas incompetentes, dados os bons resultados associados a menores índices de complicações.
Como segunda opção, há o tratamento com espuma, realizado com bons resultados e poucas complicações, apesar de taxas um pouco maiores de falhas.
A cirurgia convencional é elencada como terceira opção, apesar de seus bons resultados e extenso conhecimento da técnica após anos de realização em todo o mundo. Essa terceira posição entre as opções possíveis se deve principalmente às taxas maiores de complicações, embora também pouco frequentes. É importante salientar que a cirurgia convencional permanece como opção de bons resultados para o tratamento das varizes. Entretanto, a tecnologia atual oferece tratamentos com resultados comparáveis e menores chances de complicações.

Cirurgia Convencional de Varizes (Fleboextração/ Safenectomia)

As veias que se transforam em varizes não podem ser curadas. Dessa forma, a melhor solução é removê-las. O objetivo da cirurgia é reduzir a pressão do sistema venoso da pele através da remoção de suas veias. A remoção de varizes não afeta o fluxo de sangue porque outras veias superficiais e especialmente as veias profundas compensam as que foram removidas.

Preparo para a cirurgia
Apesar de ser considerada uma cirurgia de baixo risco, uma avaliação clínica deve ser feita para detectar fatores de risco para cirurgia. Serão solicitados os exames pré-operatórios necessários, além de uma ecografia para avaliar a função das veias das pernas, chamada de ecodoppler colorido.
A cirurgia não exige permanência no hospital e o paciente recebe alta no mesmo dia. Entretanto, é necessário que o paciente tenha um acompanhante ao chegar ao hospital e para conduzí-lo de volta para casa ao término do procedimento, já que o ele não terá condições de dirigir ou utilizar o transporte público.
Já no hospital, antes do procedimento, o cirurgião desenhará um mapa de suas varizes nas pernas com uma caneta especial de forma que elas possam ser localizadas no procedimento mesmo após estar deitado.

A cirurgia
A cirurgia de varizes é realizada sob anestesia geral ou raquianestesia. Dependendo da localização das veias, o paciente ficará deitado de barriga para cima ou para abaixo.A operação varia um pouco de caso para caso, dependendo das veias que apresentem problema. Para a retirada da veia safena magna ou interna, são realizados dois corte, um na virilha e outro no tornozelo ou joelho. Um fio de metal é passado por dentro de toda a veia e orienta a remoção desta através das incisões.
Por vezes, a safena parva ou externa também apresenta problemas. Nesse caso, os cortes são realizados na parte posterior do joelho e do tornozelo. Essa veia é removida com menor frequência devido à proximidade com um nervo, que pode ser danificado.Finalmente, na maioria dos casos, as veias varicosas visíveis são removidas através de pequenas incisões puntiformes ao longo das veias varicosas. Essas incisões não necessitam pontos e são cobertas apenas com micropores. As pernas são enfaixadas ao final do procedimento.

Pós-operatório
Terminada a cirurgia, o paciente é levado à sala de recuperação pós-anestésica, onde permanece por um período de 2 a 6 horas em média. O paciente recebe alta quando totalmente recuperado, puder comer, caminhar e urinar sem dificuldade.
Os pacientes não costumam se queixar de dor intensa, mas ardência e queimação ao acordar são comuns.
Algumas das incisões menores podem sangrar um pouco mais nas primeiras 24-48 horas. Por esta razão, é melhor manter os micropores por 5 dias, que também favorece a boa cicatrização. As meias elásticas também ajudam nos primeiros 7 dias. Após este tempo, as meias ajudam na contenção dos hematomas e devem ser usadas apenas se proporcionarem mais conforto. As incisões, embora inicialmente muito visíveis, diminuem até tornarem-se praticamente invisíveis dentro de 9 a 12 meses.
Geralmente, há grandes hematomas na perna, em particular ao longo do meio da coxa. Este hematomas melhoram em 3 a 4 semanas.
A maioria das pessoas descrevem a perna dolorida e pesada quando chegam em casa. O repouso melhora os sintomas e é importante permanecer deitado com as pernas elevadas por 3 dias. Durante o repouso, deve-se movimentar as pernas, para evitar a ocorrência de trombose venosa. O desconforto melhoram bastante ao longo da segunda semana de pós-operatório.
Passado o período de repouso, deve-se realizar caminhadas curtas e numerosas ao longo do dia até retornar gradualmente às atividades normais.

Dirigir: Permitido após o 7o dia, desde que a perna não esteja muito desconfortável.

Banho: Permitido no dia seguinte à cirurgia. Os micropores podem ser molhados no banho, mas não devem ser removidos.

Trabalho: A depender do tipo de atividade, o trabalho pode ser retomado em até 15 dias. Algumas profissões mais extenuantes, podem exigir afastamentos mais longos.

Medicamentos: alguns analgésicos serão orientados ao final da cirurgia.

Complicações
Complicações após cirurgia de varizes são incomuns.

  • Pneumonia: Podem ocorrer após qualquer cirurgia, especialmente em fumantes.
  • Infecção da ferida cirúrgica: Infecções graves são raras, mas mesmo as menores exigem uso de antibiótico.
  • Secreção pelas feridas: Deve ser sempre avaliada pelo médico, com diferentes tratamentos a depender da causa. Pode durar até 6 semanas em alguns casos.
  • Lesões de nervos da perna: são incomuns. Entretanto, dois nervos da pele estão particularmente em risco: um da sensação do dorso do pé, e outro da borda exterior do pé. Outros nervos também podem ser acometidos e afetarem a sensibilidade de regiões diferentes da perna. A sensação reduzida pode ser muito perceptível no início, mas normalmente diminui com o tempo e geralmente não é um problema a longo prazo.
  • Trombose venosa profunda: pode ocorrer após qualquer cirurgia, mas é raro após cirurgia de varizes.

Recorrência
A recorrência de varizes ocorre em cerca de 1 em 15 pacientes durante um período de dez anos. Por vezes, pode ser necessário tratamento adicional.

Como tratar a Úlcera Venosa?

Como tratar a Úlcera Venosa?

úlceras varicosas ou venosas, são feridas ocasionadas por problemas na circulação venosa nos membros inferiores, correspondendo a 80% das feridas que acometem perna e pés.

Uma avaliação detalhada do sistema venoso profundo e superficial, realizada pela ultrassonografia é um dos primeiros passos para o tratamento das Úlceras Varicosas. Para que o tratamento seja um sucesso é preciso tratar a raiz do problema.

No consultório, vejo muitos pacientes que estão há anos convivendo com feridas nas pernas, gastando muito dinheiro em curativos sofisticados, porém sem diagnóstico adequado do sistema venoso e, por isso, sem tratamento adequado.

Entre as técnicas para o tratamento da Úlcera Varicosa, estão:

– Espuma densa
– Endolaser

Mas será que só isso resolve? Evidentemente não. Mas é o início de um tratamento que costuma ser longo e que deve ser levado muito a sério.

Varizes

Como diferenciar vasinhos de varizes?

Embora os pacientes costumem usar os termos vasinhos e varizes como sinônimos, são problemas distintos, embora muitas vezes relacionados, e ambos relacionados com a saúde do sistema venoso.

Vasinhos e varizes são semelhantes em que ambos são inestéticos, mas facilmente tratáveis. No entanto, as semelhanças terminam aí. Os vasinhos, também chamados telangiectasias, são anormalidades predominantemente estéticas, mesmo que, às vezes, possam indicar a existência de doenças venosas subjacentes mais graves. As telangiectasias geralmente medem menos de 1mm de diâmetro e, exceto quando agrupados, não costumam causar elevações visíveis na pele como as varizes mais grossas. Os vasinhos aparecem como finas linhas vermelhas, azuis ou arroxeadas na superfície da pele, muitas vezes semelhantes a uma contusão quando ocorrem em aglomerados.

As veias varicosas ou varizes são veias grandes e salientes acima do nível da pele, muitas vezes parecendo um cordão azulado abaixo da pele. Estas veias salientes podem estar associadas a sintomas de peso e dor nas pernas.
Ambos os tipos de veias podem ser facilmente tratados. Após a avaliação em consulta médica e realização de exames de imagem que se julgue necessários, pode-se traçar um plano de tratamento adequado. As varizes são tratadas principalmente através de cirurgia, que pode incluir o uso do laser ou não. Já o principal tratamento para os vasnhos é a escleroterapia ou aplicação, realiza com injeções.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Sem categoria, Varizes

Quando devo procurar um cirurgião vascular para tratar minhas varizes?

Muitos pessoas têm dúvidas sobre quando é realmente necessário procurar um cirurgião vascular para tratar suas varizes. Embora as questões estéticas possam motivar a busca pelo tratamento, há muitos que não se importam com o prejuízo estético que as varizes possam lhe causar. Nesses casos, elenco abaixo alterações que devem ser avaliadas por um cirurgião vascular:

  • Varizes sem fatores desencadeantes e com sintomas ou varizes recorrentes mesmo após tratamento (sintomas podem ser: dor, inchaço, etc).
  • Alterações da pele das pernas, como escurecimento, vermelhidão, manchas brancas.
  • Tromboflebites (caracterizadas pelo surgimento de veias endurecidas e dolorosas).
  • Úlcera venosa que não cicatriza em 2 semanas.
  • Úlcera venosa cicatrizada.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

Qual a melhor opção de cirurgia para varizes?

Recentemente foram publicadas novas recomendações para o tratamento de varizes pela NICE (National Institute foi Health and Care Excellence), instituição inglesa que define diretrizes para tratamentos médicos baseadas nos estudos mais relevantes publicados até o momento.

Ilustração de tratamento de veia safena com laser

Acompanhando a evolução tecnológica por que passou a cirurgia de varizes nos últimos anos, ficou definido que a cirurgia com uso de laser ou radiofrequência é o melhor método atualmente para o tratamento de veias tronculares (como a safena). As opções de espuma e cirurgia convencional só devem ser oferecidos ao paciente na impossibilidade de realizar a cirurgia com laser ou radiofrequência. Além disso, o tratamento conservador apenas com o uso de meias elásticas foi definido como potencialmente nocivo ao paciente, e apenas deve ser aplicado na impossibilidade de realizar qualquer intervenção cirúrgica.

É importante salientar que essas orientações se aplicam apenas ao tratamento de veias como as safenas e não às varizes superficiais comumente salientes nas pernas. Para o tratamento dessas veias, a microcirurgia com pequenas incisões permanece o tratamento proposto, e não há qualquer evidência de que a aplicação com espuma seja superior.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

Dúvidas frequentes sobre meias elásticas

O uso das meias elásticas melhora o fluxo de sangue nas pernas. Essas meias comprimem delicadamente suas pernas para forçar o sangue nas suas pernas em direção ao coração. Isso ajuda a evitar inchaço nas pernas e, em menor grau, a formação de coágulos sanguíneos (trombose).

As meias , ou meias de compressão, podem ser indicadas pelo médico se o paciente apresentar varizes, vasinhos ou mesmo para aqueles que estiverem se recuperando de cirurgias.

As meias elásticas auxiliam no tratamento de:

  • Dor e sensação de peso nas pernas
  • Inchaço nas pernas
  • Prevenção da trombose, especialmente após cirurgias ou lesões que causem imobilização

Tipos de meias de compressão

Existem várias meias de compressão. O ideal é que seu uso seja orientado por um médico de acordo com as particularidades de cada caso. Há diversos tipos de meias elásticas, que diferem de acordo com o grau de compressão (suave, média ou alta), comprimento (3/4, 7/8, meia-calça, etc.) e cores.

É muito frequente que os pacientes se queixem de da dificuldade em usar as meias por questões estéticas. Entretanto, hoje temos meias mais bonitas e confortáveis, como a Ever Sheer da Sigvaris e a Sheer Soft da Medi.

Onde comprar as meias elásticas

As meias de suave compressão podem ser adquiridas em algumas farmácias e até mesmo lojas de departamento. Já as meias de média e alta compressão podem ser encontradas em casas especializadas.

Como usar as meias de compressão

As meias de compressão devem ser usadas durante todo o dia. A pressão deve ser forte o suficiente para ser percebida pelo paciente, sendo mais intensa no tornozelo e menor na parte de cima da perna.

Como calçar as meias de compressão

  • As meias devem ser vestidas ainda de manhã antes de sair da cama. As suas pernas normalmente ainda não estão inchadas no início da manhã.
  • Segure a parte superior da meia e enrole até o calcanhar.
  • Coloque o seu pé na meia, tanto quanto você puder. Posicione o seu calcanhar no calcanhar da meia.
  • Puxe toda a meia para cima do tornozelo e desenrole-a sobre sua perna.
  • Quando a parte superior da meia já estiver no lugar, puxe o tecido para desfazer as dobras – cuidado com as unhas, anéis e relógios que podem puxar o fio.
  • Não deixe que fiquem dobras na meia .
  • Meias 3/4 devem chegar a dois dedos abaixo da curva do joelho.

Algumas dicas podem ajudar a colocação das meias:

  • Se você usar loção em suas pernas, deixe-a secar antes de colocar as meias.
  • O uso de talco nas pernas pode ajudar as meias a deslizar para cima.
  • Use luvas de borracha para ajudar a colocação.
  • Para meias sem ponteira, use um dispositivo especial para deslizar a meia sobre o seu pé.

Lave suas meias diariamente

  • Lave as meias todos os dias com água e sabão neutro. Deixe secar naturalmente.
  • Se você puder, tenha dois pares. Alternar os pares a cada dia, enquanto o outro é lavado.
  • Troque suas meias a cada 3-6 meses, pois o tecido acaba por perder seu poder de compressão.

Lembre-se:

Embora a pressão deva ser percebida por quem usa a meia, ela não deve ser desconfortável. Se houver qualquer desconforto, o médico deve ser consultado. Pode haver tipos diferentes de meias que se adaptem melhor às suas pernas. Não deixe de usar suas meias sem comunicar seu médico

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

Cirurgia de Varizes a laser: a melhor opção?

Tratamento de varizes com laser se destaca como procedimento minimamente invasivo

Fonte: www.segs.com.br

Vanessa Peres

A técnica conta com anestesia local e recuperação em 48 horas

Quem sofre com os problemas causados pelas varizes, não precisa obrigatoriamente passar por cirurgias complicadas, que necessitam de internação e posteriormente um longo período de repouso. Atualmente, há médicos vasculares que oferecem aos seus pacientes o tratamento de varizes com laser. Luiz Marcelo Viarengo, especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), iniciou de forma pioneira no Brasil o tratamento de varizes através do método conhecido como Laser Endovenoso ou EVLT (Endovenous Laser Treatment) e afirma que a técnica exige apenas anestesia local e é bem aceita, podendo inclusive, ser realizada em pacientes com úlcera ativa.

“O procedimento consiste na introdução de uma fibra óptica condutora de laser  no interior da veia varicosa, especialmente as safenas, através de uma punção dirigida por ultrassom”, explica o médico. Dessa forma, com a orientação de imagens geradas pelo equipamento, o laser é disparado no interior da veia, produzindo seu fechamento. “Esta técnica permite o tratamento das varizes mesmo  em pacientes de pele negra, idade avançada  ou  com graves alterações tróficas na pele, tais como fibroses cicatriciais, dermatosclerose (enrijecimento e perda de elasticidade da pele) e úlceras em atividade”, pondera o especialista.

O tratamento das varizes com laser (EVLT) se diferencia por não haver a retirada da veia insuficiente, e sim o tratamento endovenoso, causando a lesão da parede e seu fechamento. Viarengo diz que deste modo, este procedimento apresenta três principais diferenças em relação à cirurgia convencional: é realizado com anestesia local, em caráter ambulatorial (sem a necessidade de internação) e não requer repouso após o procedimento. “Em cerca de 48 horas o paciente já pode voltar às suas atividades normalmente, solicitamos apenas que ande bastante, para facilitar e auxiliar na melhora da circulação”, recomenda.

A porcentagem de pessoas portadoras de varizes é elevada em todo o mundo, mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, ela varia entre os países e de acordo com a idade. No Brasil, aos 70 anos, cerca de 70% dos indivíduos apresentam algum tipo de varizes, já entre os 30 e 40 anos esta taxa cai para 20% no caso das mulheres e 3% para os homens. “É um problema que é quatro vezes mais frequente nas mulheres”, completa Luiz Marcelo Viarengo, alertando que a falta de tratamento preventivo e corretivo das varizes pode agravar a situação. “Portanto não se trata apenas de um cuidado estético”, reitera.

Aos primeiros sinais de cansaço nas pernas, aparecimento de manchas de cores escuras, inchaço no tornozelo ou infecção da pele da perna é preciso procurar um médico vascular. De acordo com o especialista, o tratamento adequado e preventivo evita complicações circulatórias. “O problema pode levar ao surgimento de úlceras venosas (lesões da pele de difícil cicatrização) ou tromboses (doença causada pela formação de coágulo sanguíneo), por isso o paciente deve procurar uma orientação médica o quanto antes”.

Viarengo afirma ainda que caso seja necessário recorrer à cirurgia, tanto a convencional quanto a laser apresentam ótimos resultados. Basta que sejam bem indicadas e realizadas por profissionais treinados e competentes.

 



 

Comentário:

O uso do laser endovascular modernizou o tratamento cirúrgico das varizes e o tornou menos agressivo. É necessário ressaltar que, como os resultados da cirurgia convencional de varizes são muito bons na grande maioria dos casos, ela permanece o tratamento padrão até os dias de hoje. Entretanto, não se pode negar vantagens óbvias da cirurgia a laser, entre elas o retorno precoce às atividades habituais e menor trauma pós-cirúrgico local. Contudo, o uso do laser em cirurgia de varizes tem indicações específicas e só deverá ser realizado sob orientação de um cirurgião vascular.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Varizes

Escleroterapia com espuma na mídia

Escleroterapia com espuma densa substitui cirurgia vascular

Fonte: Correio da Bahia

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos

Carmen Vasconcelos
[email protected]

Quando engravidou do primeiro filho, a professora Carmélia Patrícia dos Santos, 43 anos, sentia muitas dores nas pernas. Na época, achava que esse era mais um dos ‘sintomas’ da gravidez. Há cinco anos, no entanto, ela percebeu que as dores só aumentavam, de modo que a impossibilitavam de trabalhar. “Fico muito tempo de pé e o incômodo era tanto que não conseguia permanecer dando aula”, diz.

As varizes da perna eram tão grossas que feriam constantemente e a solução apontada era a cirurgia. Na época, uma amiga que acompanhava a agonia de Patrícia sugeriu um tratamento que prometia acabar com o sofrimento sem a necessidade de um procedimento agressivo ou invasivo: a escleroterapia com espuma densa.

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos, irritando a parede da veia, que se fecha. A substância, posteriormente, é absorvida pelo organismo.

“É uma terapia praticamente indolor, com um tratamento que pode variar em sua duração, dependendo de quantas aplicações forem necessárias”, acrescenta. No caso de Patrícia, a técnica surtiu efeito na segunda sessão. “As varizes murcharam e as feridas estão cicatrizadas”, comemora a professora. Ela diz  que ainda precisa tratar outras mais simples. “Sempre fui muito frouxa para sala de operações, então a escleroterapia foi a solução perfeita”, completa.

Mais que um problema estético, as varizes ou doença varicosa atingem homens e mulheres, embora essas últimas sofram mais com o problema em virtude das variações hormonais. Quando não tratadas adequadamente, essas veias trazem dores, sangramentos, ulcerações (feridas) e podem até mesmo chegar a uma trombose, quando há um rompimento das veias.

Ítalo Andrade ressalta que muitos fatores da vida contemporânea como a obesidade, o sedentarismo, o uso de anticoncepcionais ajudam a aumentar o problema, que é mais comum nos maiores de 35 anos, mas também pode iniciar na adolescência, especialmente nas mulheres.

O médico lembra que como o sedentarismo é um dos causadores da doença varicosa, é importante que as pessoas rejeitem mitos, como o que diz que pegar peso na academia nas pernas ou usar saltos contribuem para o aparecimento de varizes ou vasos. “A prática de exercício é recomendável, inclusive, porque ajuda a melhorar a circulação sanguínea, já os saltos comprometem a estrutura muscular e esquelética, sem interferência na parte circulatória”, esclarece. Ele afirma que a prática de musculação com pesos maiores só não é recomendada para aqueles casos cujas varizes estejam muito dilatadas.

“No entanto, existem casos que mesmo os vasinhos pequenos já causam ardor e incômodo”, destaca. A genética é a principal responsável pelo surgimento dos indesejáveis vasinhos, que, cientificamente, são denominados de teleangectasias. Para tratá-los, a indicação de tratamento é a escleroterapia convencional, também conhecida como aplicação e que também é realizada no consultório, sem a necessidade de internação ou anestesia.

Na escleroterapia com espuma densa, cada aplicação pode durar uma média de 10 minutos e o custo é muito inferior ao da cirurgia. A estimativa é que o tratamento completo gire numa média de R$ 1 mil. A indicação é voltada especificamente para as veias de grosso calibre e para pessoas que não querem ser submetidas a cirurgias ou não podem, como o caso de pacientes portadores de diabetes ou idosos.

Os sinais do aparecimento das varizes, geralmente, são o cansaço nas pernas, a sensação de peso nos membros inferiores, além da mudança na cor e consistência da pele,  que pode também apresentar ferimentos.

O médico explica, no entanto, que nem todo surgimento de vasos progride para as varizes com grosso calibre. “Por vezes, os vasinhos aparecem e se estabilizam”, diz, acrescentando que a avaliação deve ser feita sempre por um angiologista ou um cirurgião vascular.

Preparo da espuma para aplicação

Comentários:

Provavelmente devido a um erro de digitação, foi erroneamente explicado no texto que a trombose é o rompimento de uma veia. Esclareço que a trombose é, na verdade, a formação de um coágulo no interior de um vaso, no caso, uma veia. Esse coágulo pode ser formar dentro de uma veia superficial dilatada, presente em grande número nos pacientes com varizes, e progredir para uma veia profunda, chamada trombose venosa profunda, que é um quadro potencialmente grave.

Vale lembrar que a técnica de escleroterapia com espuma não é a técnica padrão para o tratamento de varizes calibrosas. Para esses casos, a cirurgia ainda permanece a alternativa mais recomendada. Entretanto, o uso de espuma tem proporcionado bons resultados para aqueles que não querem ou não podem se submeter ao tratamento convencional. Como foi bem esclarecido no texto, a avaliação da melhor técnica de tratamento bem como a sua execução deve sempre ser feita por um cirurgião vascular.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)