Microvarizes, Varizes

Escleroterapia com espuma na mídia

Escleroterapia com espuma densa substitui cirurgia vascular

Fonte: Correio da Bahia

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos

Carmen Vasconcelos
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Quando engravidou do primeiro filho, a professora Carmélia Patrícia dos Santos, 43 anos, sentia muitas dores nas pernas. Na época, achava que esse era mais um dos ‘sintomas’ da gravidez. Há cinco anos, no entanto, ela percebeu que as dores só aumentavam, de modo que a impossibilitavam de trabalhar. “Fico muito tempo de pé e o incômodo era tanto que não conseguia permanecer dando aula”, diz.

As varizes da perna eram tão grossas que feriam constantemente e a solução apontada era a cirurgia. Na época, uma amiga que acompanhava a agonia de Patrícia sugeriu um tratamento que prometia acabar com o sofrimento sem a necessidade de um procedimento agressivo ou invasivo: a escleroterapia com espuma densa.

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos, irritando a parede da veia, que se fecha. A substância, posteriormente, é absorvida pelo organismo.

“É uma terapia praticamente indolor, com um tratamento que pode variar em sua duração, dependendo de quantas aplicações forem necessárias”, acrescenta. No caso de Patrícia, a técnica surtiu efeito na segunda sessão. “As varizes murcharam e as feridas estão cicatrizadas”, comemora a professora. Ela diz  que ainda precisa tratar outras mais simples. “Sempre fui muito frouxa para sala de operações, então a escleroterapia foi a solução perfeita”, completa.

Mais que um problema estético, as varizes ou doença varicosa atingem homens e mulheres, embora essas últimas sofram mais com o problema em virtude das variações hormonais. Quando não tratadas adequadamente, essas veias trazem dores, sangramentos, ulcerações (feridas) e podem até mesmo chegar a uma trombose, quando há um rompimento das veias.

Ítalo Andrade ressalta que muitos fatores da vida contemporânea como a obesidade, o sedentarismo, o uso de anticoncepcionais ajudam a aumentar o problema, que é mais comum nos maiores de 35 anos, mas também pode iniciar na adolescência, especialmente nas mulheres.

O médico lembra que como o sedentarismo é um dos causadores da doença varicosa, é importante que as pessoas rejeitem mitos, como o que diz que pegar peso na academia nas pernas ou usar saltos contribuem para o aparecimento de varizes ou vasos. “A prática de exercício é recomendável, inclusive, porque ajuda a melhorar a circulação sanguínea, já os saltos comprometem a estrutura muscular e esquelética, sem interferência na parte circulatória”, esclarece. Ele afirma que a prática de musculação com pesos maiores só não é recomendada para aqueles casos cujas varizes estejam muito dilatadas.

“No entanto, existem casos que mesmo os vasinhos pequenos já causam ardor e incômodo”, destaca. A genética é a principal responsável pelo surgimento dos indesejáveis vasinhos, que, cientificamente, são denominados de teleangectasias. Para tratá-los, a indicação de tratamento é a escleroterapia convencional, também conhecida como aplicação e que também é realizada no consultório, sem a necessidade de internação ou anestesia.

Na escleroterapia com espuma densa, cada aplicação pode durar uma média de 10 minutos e o custo é muito inferior ao da cirurgia. A estimativa é que o tratamento completo gire numa média de R$ 1 mil. A indicação é voltada especificamente para as veias de grosso calibre e para pessoas que não querem ser submetidas a cirurgias ou não podem, como o caso de pacientes portadores de diabetes ou idosos.

Os sinais do aparecimento das varizes, geralmente, são o cansaço nas pernas, a sensação de peso nos membros inferiores, além da mudança na cor e consistência da pele,  que pode também apresentar ferimentos.

O médico explica, no entanto, que nem todo surgimento de vasos progride para as varizes com grosso calibre. “Por vezes, os vasinhos aparecem e se estabilizam”, diz, acrescentando que a avaliação deve ser feita sempre por um angiologista ou um cirurgião vascular.

Preparo da espuma para aplicação

Comentários:

Provavelmente devido a um erro de digitação, foi erroneamente explicado no texto que a trombose é o rompimento de uma veia. Esclareço que a trombose é, na verdade, a formação de um coágulo no interior de um vaso, no caso, uma veia. Esse coágulo pode ser formar dentro de uma veia superficial dilatada, presente em grande número nos pacientes com varizes, e progredir para uma veia profunda, chamada trombose venosa profunda, que é um quadro potencialmente grave.

Vale lembrar que a técnica de escleroterapia com espuma não é a técnica padrão para o tratamento de varizes calibrosas. Para esses casos, a cirurgia ainda permanece a alternativa mais recomendada. Entretanto, o uso de espuma tem proporcionado bons resultados para aqueles que não querem ou não podem se submeter ao tratamento convencional. Como foi bem esclarecido no texto, a avaliação da melhor técnica de tratamento bem como a sua execução deve sempre ser feita por um cirurgião vascular.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Serviços
quanto tempo sem sol apos tratar os vasinhos

Projeto “Pernas mais bonitas” para o Verão 2013

Durante os meses mais quentes do ano, muitas pacientes abandonam o tratamento de varizes por motivos de férias, viagens, banhos-de-sol, dificuldade de uso de meias elásticas pelo calor… Enfim, motivos não faltam, embora seja perfeitamente possível seguir o tratamento desde que se esteja disposta a tomar alguns cuidados.

Entretanto, para quem tem se incomodado com as varizes em suas pernas, seja por motivo estético ou não, a queda das temperaturas abre caminho para iniciar o tratamento das varizes. E quanto antes melhor, já que é um tratamento demorado, que exige dedicação e perseverança por muitos meses, em alguns casos (depende de quanto tempo você deixar as varizes crescerem descontroladamente em suas pernas).

Por se tratar de um problema crônico para o qual não há cura, o tratamento de varizes deve ser contínuo. Se você fez um tratamento há algum tempo e novas varizes apareceram, isso não deve desmotivá-la a realizar um outro tratamento. Ao contrário, deve estimulá-la a procurar ajuda o mais rápido possível, antes que as varizes voltema lhe causar o mesmo desconforto de antes.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes, microvarizes, vasinhos ou varicoses? Entenda a diferença

Varizes, microvarizes, vasinhos ou varicoses? Entenda a diferença

A insuficiência venosa pode se manifestar com alterações de graus diferentes de gravidade e comprometimento estético. Essa variedade de manifestações e denominações provoca grande confusão entre os pacientes e, não raro, dificuldades em entender o tratamento proposto pelo médico.

Popularmente conhecidas como “vasinhos” ou “varicoses”, as telangiectasias são os vasos cutâneos visíveis que medem de 0,1 a 1 mm de diâmetro. Podem se apresentar como linhas fracamente vermelhas até um aspecto roxo e elevado, como cachos de uva.

Já as microvarizes são pequenos vasos dilatados, tortuosos, com coloração de aspecto azuldo ou esverdeado. Têm dimensões entre 2 e 5 mm, calibre intermediário entre as varizes e telangiectasias (vasinhos). São chamadas veias reticulares ou colaterais e são muito freqüentes na face posterior do joelho e lateral da coxa e perna. Aparecem também na parte de dentro do joelho e coxa e, às vezes, na frente do osso da perna.

Varizes correspondem ao termo utilizado para definir veias dilatadas, alongadas e tortuosas, mais notadas por serem elevadas em relação à superfície da pele. Podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. Entre os tipos descritos, são as que maior preocupação causam, por estarem sujeitas a uma circulação sanguínea tão disfuncional que pode levar à formação de coágulos em seu interior, quadro conhecido como flebite. Uma flebite pode, eventualmente, progredir para uma trombose venosa profunda, que é um quadro preocuante e de complicacões potencialmente fatais.

É frequente que os pacientes portadores de doença venosa apresentem telangiectasias associadas a veias reticulares e varizes. Isso torna necessário um tratamento dividido em etapas e com acompanhamento frequente.

As telangiectasias são tratadas através da escleroterapia, método mais conhecido como “secagem” ou “aplicação”. Já para as microvarizes e varizes, costuma ser necessária uma cirurgia. A complexidade da cirurgia varia de acordo com cada caso, mas a maioria requer procedimentos de pequeno porte. Em alguns casos, pode-se empregar o uso da escleroterapia com espuma, técnica muito semelhante à escleroterapia convencional, porém com possibilidade de tratamento de veias de maior calibre.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Chegou a Primavera: aproveite para deixar suas pernas mais bonitas para o verão

Chegou a Primavera: aproveite para deixar suas pernas mais bonitas para o verão


Evite ficar disfarçando suas varizes e adiando cada vez mais o seu tratamento. Esses últimos meses antes do verão ainda oferecem tempo suficiente para conseguir bons resultados para a temporada de calor.

Como algumas das técnicas necessitam de pontos ou deixam hematomas nas pernas, a exposição ao sol deve ser evitada por, no mínimo, 30 dias. Embora não haja problema nenhum em fazer esse tratamentos nas épocas de temperaturas mais elevadas, o desconforto causado pelo uso de meias elásticas e proteção das regiões tratadas do sol com roupas mais longas fazem com que muitos pacientes, e mesmo médicos, privilegiem os meses de frio para o tratamento.

Portanto, se deseja expor pernas mais bonitas já no próximo verão, procure tratamento. Consulte um cirurgião vascular para fazer uma avaliação clínica completa das veias das pernas, ainda que o tratamento tenha fins estéticos. Às vezes, apenas os vasinhos estão visíveis, mas é possível que haja microvarizes e varizes que também precisam ser tratadas.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Microvarizes, Varizes

Se eu não me importo com estética mas tenho vasinhos, preciso fazer um tratamento?

A presença de vasinhos vai muito além do comprometimento estético. Essas veias freqüentemente não são o problema em si, são sinais de insuficiência venosa, um comprometimento do retorno venoso do membro. Para detectar essas alterações é importante a avaliação de um especialista, que poderá solicitar alguns exames complementares caso julgue necessário. O tratamento correto pode reduzir a probabilidade de que surjam novas veias varicosas, dores, coceira,descamação, endurecimento da pele e feridas crônicas.

Quanto à questão estética, é sempre interessante lembrar que a tendência da doença é o surgimento de mais vasinhos ao longo dos anos. Com isso, o comprometimento estético pode se agravar e passar a incomodar o paciente no futuro. Entretanto, quanto mais tempo o tratamento for postergado, piores costumam ser os resultados estéticos ou mais longos se tornam os tratamentos.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Microvarizes, Varizes

Os vasinhos podem se transformar em varizes grossas caso eu não faça o tratamento?

Aqueles vasinhos vermelhos ou roxos não se transformam em varizes grossas. Seu principal comprometimento é estético. Entretanto, sua presença alerta para um problema maior de insuficiência venosa que, se não tratado, pode levar ao surgimento das temidas varizes. Por isso, é fundamental que um cirurgião vascular avalie o caso, para detectar eventuais anormalidades além da simples questão estética.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Microvarizes

Com relação às aplicações para vasinhos, o que é uma sessão ?

A definição de uma sessão de escleroterapia varia entre os profissionais. Não há um padrão. Costumam ser definidas pelo número de picadas de injeção, volume de líquido esclerosante usado ou mesmo pela área tratada. Portanto, uma sessão pode ser uma ou duas picadas, 1,2 ou 3 ml do produto, ou só a coxa, lateral da perna, etc. Com tantas variáveis, é fácil entender a discrepância entre os preços cobrados.

Costumo definir a sessão de acordo com o volume de líquido usado e uso habitualmente o volume de 6 ml (2 seringas) como padrão para as sessões de escleroterapia com glicose e polidocanol, por acreditar que oferece parâmetros mais justos para o tratamento.

O importante é haver uma proposta clara e entendimento entre o cirurgião vascular e o paciente. Por isso é importante perguntar ao seu médico o que é uma sessão em sua concepção.

Microvarizes, Varizes

Onde são realizadas as cirurgias de varizes?

Você poderá escolher entre ser operada(o) no Hospital Divina Providência, Hospital Moinhos de Vento, Hospital Ernesto Dornelles e Hospital Dom Vicente Scherer (Santa Casa). Isso é válido para os casos de cirurgia convencional de varizes e endolaser.

As sessões de escleroterapia são realizadas no ambiente do consultório.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Tratamento de microvarizes: laser transdérmico

Tratamento de microvarizes: laser transdérmico

Laser transdérmico

Nesse tratamento, o laser aplicado atravessa a pele antes de atingir o vaso e provoca seu aquecimento e obliteração (fechamento). Dessa forma, os melhores resultados são obtidos nos pacientes de pele clara, pois, de outra maneira, o laser queima a pele antes de atingir o vaso.

Os melhores tipos de laser para o tratamento de telangiectasias são o Diodo e o YAG. São melhor utilizados em microvasos vermelhos muito finos e com resposta insatisfatória às sessões do método tradicional com agulha.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)

Cirurgia de microvarizes e escleroterapia

A cirurgia de microvarizes corresponde à retirada de varizes de médio e grande calibre através de microincisões (1mm), com excelente resultado estético. Não são necessários pontos cirúrgicos e mesmo os pacientes com antecedentes de quelóides podem se submeter a esse procedimento com bons resultados.

A quase totalidade desses pacientes apresenta também telangiectasias ou microvarizes, associadas às varizes mais calibrosas. Em casos selecionados, pode ser realizada a escleroterapia trans-operatória combinada, com a principal vantagem de ser indolor nessa ocasião.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)