Médica especialista em Cirurgia Vascular que atua no tratamento de varizes e vasinhos com os métodos mais modernos, inclusive aplicação de espuma e procedimentos com laser. Os tratamentos são programados de forma a atingir os melhores e mais rápidos resultados estéticos, com mínimo desconforto.
Varizes

Qual a melhor forma de tratar as vasinhos?

Muitas pacientes me questionam sobre o tratamento mais eficaz para os vasinhos. Frequentemente, comparecem à consulta com uma idéia pré-estabelecida baseada em algum programa veiculado na mídia. É comum que venham encantadas com o resultado da injeção de espuma ou do laser. Entretanto, os programas de TV mostram apenas o resultado imediato e não abordam os resultados a longo prazo do tratamento.

A escolha do tratamento mais adequado só pode ser feita após a minuciosa avaliação do paciente, seja apenas na consulta médica, ou ainda através da complementação com exames de ecografia ou outros, que possam ser necessários. Ainda assim, pode haver mais de um tratamento adequado.

Determinados vasinhos podem ser tratados com escleroterapia convencional (a “secagem de vasinhos”) ou por laser, por exemplo. A escolha entre os métodos deve considerar o tipo de pele, tempo disponível para o tratamento, sensibilidade e a preferência do paciente. Acredito que as variáveis devem ser colocadas de maneira clara ao paciente que busca tratamento.

Não existe uma fórmula que funcione para todos. Além disso, um tratamento pode ter um resultado diferente do esperado inicialmente e precisar ser trocado, interrompido ou intensificado. A reavaliação dos resultados deve ocorrer a cada nova sessão.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Varizes

Por que tratar os vasinhos?

Com a aproximação do verão, os consultórios de Cirurgia Vascular ficam lotados de pacientes em busca de tratamento para os terríveis vasinhos. Entretanto, o tratamento realizado à pressas logo antes do verão atende apenas a fins estéticos imediatos e, habitualmente, falha em oferecer resultados mais duradouros.

É sabido que novos vasinhos tendem a aparecer com certa frequência, mas os efeitos cosméticos da escleroterapia costumam ser tanto melhores quanto mais completo este tratamento for. Por isso, é importante visitar um cirurgião vascular regularmente e realizar a manutenção do tratamento de varizes e vasinhos.

Apesar dessas orientações, ainda é frequente ver pacientes com quadro avançado de varizes que procuram tratamento apenas quando sentem dor ou surgem feridas. Quando são apenas vasinhos, a opção pelo não-tratamento é ainda mais frequente. Essa postura não antecipa a piora do quadro pelo processo de envelhecimento.

Como quase tudo em nosso corpo, os vasinhos também tendem a piorar com o tempo. E essa evolução é imprevisível. Os vasinhos que hoje causam apenas um ligeiro desconforto estético podem, em alguns anos, provocar dor, sangramento, etc. Entretanto, o processo de envelhecimento pode vir acompanhado de doenças que impedem ou limitam o tratamento dos vasinhos, como a trombose arterial, aterosclerose, diabetes, entre outras. Dessa forma, quando finalmente os vasinhos provocarem sintomas que estimulem a busca pelo tratamento, outras doenças podem impedir sua realização. Assim, um problema aparentemente simples pode ficar sem tratamento.

Portanto, mesmo que as varizes não provoquem desconforto hoje, é importante tratá-las para evitar problemas futuros.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Cirurgia endovascular, Mioma uterino, Serviços

Opção de tratamento para Mioma Uterino

Embolização de Artérias Uterinas

A Embolização das artérias uterinas é um tratamento minimamente invasivo para miomas uterinos, que são tumores não cancerosos no útero. Na embolização da artéria uterina – também conhecida como Embolização de miomas uterinos – um cateter é introduzido na circulação para injetar pequenas partículas nas artérias uterinas – que fornecem sangue aos seus miomas e do útero – e obstruí-las. Dessa forma, o suprimento de sangue aos miomas é drasticamente reduzido, o que provoca sua redução de tamanho.
No procedimento de embolização são usadas técnicas de imagem para guiar procedimentos que seriam impossíveis com a cirurgia convencional. Esses procedimento são realizados por cirurgiões vasculares, radiologistas intervencionistas, ou mesmo alguns ginecologistas que tenham formação em técnica endovascular.

São candidatas à embolização da artéria uterina as pacientes em pré-menopausa e que:

  • Tenham dor ou sangramento intenso devido aos miomas uterinos
  • Apresentem alto risco para cirurgia ou que desejem preservar seu útero.
  • Não tenham planos de gravidez futura

Sintomas

Ilustração de miomas em diferentes regiões do útero

Os miomas uterinos podem causar sintomas graves em algumas mulheres, incluindo sangramento, dor pélvica e um aumento do abdome. A embolização da artéria uterina destrói o tecido dos miomas e alivia esses sintomas – especialmente a hemorragia e inchaço abdominal – e oferece uma alternativa à cirurgia para remover miomas (miomectomia) ou cirurgia para remover o útero (histerectomia). O procedimento provoca a redução de volume e consistência dos miomas, mas não causa seu desaparecimento.

O tratamento de embolização da artéria uterina apresenta vantagens decorrentes de alterações fisiológicas causadas pela presença de miomas uterinos. Um útero com miomas tem os vasos sanguíneos menores do que um útero normal. Isso porque os miomas estimulam a formação de novos vasos sanguíneos para nutrí-lo. Durante a embolização da artéria uterina, pequenas partículas (agentes embólicos) seguem este aumento do fluxo sanguíneo para os miomas e se aninham nos ramos que alimentam os tumores. Acredita-se que o tecido normal do útero não é prejudicado, em parte porque recebe sangue das artérias adicionais, conhecidas como circulação colateral.

Esquema do procedimento de embolização de mioma uterino

Complicações do procedimento

A ocorrência de complicações é extremamente rara. Estas podem incluir:

  • Infecção: Um mioma degenerado  pelo procedimento pode proporcionar um local para o crescimento bacteriano e levar a uma infecção do útero. Muitas infecções uterinas podem ser tratada com antibióticos, mas, em casos extremos, a infecção pode exigir a retirada cirúrgica do útero.
  • Danos a outros órgãos: Embolização não intencional de outro órgão ou tecido pode levar a uma doença grave. Mesmo quando a embolização é realizada corretamente, os ovários podem ser afetados, por exemplo. Isso poderia resultar na interrupção dos ciclos menstruais, que é mais comum em pacientes com mais de 50 anos. Também a circulação das pernas, da musculatura e pele glútea podem ser afetadas, dentre outras.
  • Exposição à radiação: A embolização da artéria uterina expõe os ovários à radiação para captura das imagens do exame.
  • Tecido cicatricial: A embolização de miomas projetados para a parte externa do útero podem resultar na formação de aderências, faixas de tecido cicatricial entre os órgãos pélvicos. Mas o tratamento cirúrgico de miomas, como a miomectomia, também traz esse risco.
  • Possíveis problemas em futuras gestações: As mulheres podem ter gestações saudáveis após a embolização da artéria uterina. No entanto, algumas evidências sugerem complicações na gravidez, incluindo as anomalias de fixação da placenta, que podem ser mais frequentes após o procedimento.A opção por esse tipo de tratamento depende de uma série de condições técnicas e o encaminhamento para o procedimento deve ser feito após a avaliação de um médico ginecologista. Miomas muito grandes ou que sejam pendentes por uma haste causam divergências quanto ao melhor tratamento entre os profissionais.

Razões para evitar este procedimento

Não submetidos a embolização de artéria uterina, se houver:

  • História de radiação pélvica
  • História de insuficiência renal
  • Câncer pélvico possível
  • Infecção pélvica ativa, recente ou crônica.
  • Diabetes mal controlado
  • Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite)
  • Distúrbio de sangramento
  • Alergia severa ao iodo
  • Desejo de gravidez futura

Resultados

Estudos demonstraram que a embolização de artéria uterina reduz sintomas como sangramento intenso, incontinência urinária e aumento abdominal em 75% ou mais das mulheres que se submetem ao procedimento para tratar os miomas.

Cinco anos após o tratamento com embolização da artéria uterina, mais de 75% das mulheres mantiveram o controle dos sintomas. Estes resultados são comparáveis com a cirurgia, em que os miomas são removidos cirurgicamente e o útero reparado.

Menstruação e menopausa:

Os ciclos mentruais normalmente reiniciam dentro de alguns meses. Um pequeno número de mulheres, no entanto, entram na menopausa após o procedimento. O risco maior aparece entre as mulheres de 45 anos ou mais. A causa pode ser que os ovários e o útero compatilham alguns casos e, quando as artérias uterinas são embolizadas, isso pode resultadar na interrupção do fornecimento de sangue para os ovários. Se você está se aproximando da menopausa (perimenopausa), tal interrupção poderia levar à menopausa.

Se você quer ter filhos ou pensar que você pode querer em algum ponto, converse com seu médico sobre como embolização da artéria uterina pode afetar sua fertilidade. Embora o risco de entrar na menopausa decorrente do procedimento seja baixo, pequenos danos aos ovários podem tornar mais difícil engravidar. Também pode haver um risco aumentado de complicações na gravidez, especialmente envolvendo a colocação anormal da placenta. Apesar desses riscos, muitas mulheres tiveram gravidezes bem sucedidas após a embolização da artéria uterina.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

linfedema, Microvarizes, Trombose Venosa Profunda, Varizes

Alívio para pernas cansadas

Com essas temperaturas de Verão que tem feito em Porto Alegre em pleno, acabei por ter a oportunidade de testar um produto que só esperava fazê-lo lá por dezembro. Fui chamada para auxiliar uma cirurgia cardíaca de urgência e, claro, estava sem minhas meias elásticas aquele dia. Resultado: pernas MUITO cansadas. Foi então que, ao chegar em casa, resolvi testar o Clarins Lait Jambes Lourdes.

Trata-se de um dos produtos mais tradicionais nessa linha de cremes para aliviar os sintomas de “pernas pesadas”, como o próprio nome já sugere. O cheiro é agradável e não é muito forte, se considerarmos que esses produtos sempre tem o cheiro de menta bem presente. Contém erva de São João, camomila, avelã, majericão e sálvia. Absorve rápido na pele e deixa uma boa textura.

Esses cremes devem ser aplicados de forma semelhante: espalhe um quantidade suficiente do creme a partir dos pés e tornozelos até a parte de baixo da coxa, logo acima do joelho. Massageie com movimentos de baixo para cima, como uma drenagem linfática.

Existem vários cremes para essa finalidade, porém confesso que nunca havia testado por simplesmente não acreditar que funcionassem. Entretanto, como muitas pacientes me pedem orientações para alívio desses sintomas, resolvi testar. Fiquei bastante satisfeita, pois aquela sensação de latejamento ao deitar após 6 horas em pé numa cirurgia foi substituída pelo frescor do creme.

Devo acrescentar que tenho um daqueles “travesseiros anti-varizes”, que elevam os pés, e também faço uso dele sempre que o dia é mais puxado. No dia seguinta, já estava sem dor. Mas, na dúvida, saí de meia elástica…

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Sem categoria, Trombose Venosa Profunda

Novidades do tratamento da Trombose Venosa Profunda

Durante muitos anos, os antagonistas da vitamina K (Ex. Marevan, Varfarina, Marcoumar, etc), a heparina não-fraccionada e a heparina de baixo peso molecular eram as únicas drogas anticoagulantes disponíveis para a prevenção e tratamento da trombose venosa profunda e tantas outras doenças decorrentes da formação de coágulos na circulação. No entanto, seus benefícios foram associados a desvantagens, tais como a administração subcutânea ou a necessidade de monitoramento frequente com exames de sangue para coagulação. Havia a necessidade de desenvolver novos medicamentos que simplificassem o tratamento sem perder a eficácia. Rivaroxaban e Dabigatrana são drogas que estão agora disponíveis em alguns países para o tratamento da trombose. Além disso, esses medicamentos apresentam potencial para a prevenção de AVC (derrame) em pacientes com fibrilação atrial, o tratamento de tromboembolismo venoso e prevenção de eventos secundários em síndrome coronariana aguda.

O Rivaroxaban, disponível no mercado brasileiro como Xarelto R, é um inibidor oral direto do fator Xa, uma proteína específica do sistema de coagulação. Já a Dabigatrana inibe a trombinha, uma proteína envolvida na ativação da coagulação. A varfarina bloqueia a vitamina K e, assim, interfere na produção de fatores de coagulação, o que explica sua demora para início de ação e necessidade de associação com as heparinas.

Por apresentarem uma ação mais específica no sistema de coagulação e menos sujeita à interação com outros agentes, houve certo entusiasmo devido à previsibilidade da ação desses medicamentos, o que remove a necessidade de controles laboratoriais frequentes dos pacientes.

Tanto o Rivaroxaban quanto a Dabigatrana foram apresentados a médicos e pacientes como a primeira oportunidade em 60 anos de substituir a varfarina, uma droga que sabidamente apresenta vários riscos relacionados ao seu uso e que, por isso, necessidade de controle rigoroso através de exames de sangue, além de impor uma série de limitações com relação a outros medicamentos e mesmo alimentos aos pacientes em tratamento.

Entretanto, a ocorrência de sangramentos graves e fatais relacionados ao uso dessas novas drogas, em especial a Dabigatrana, levaram muitos médicos a hesitar em usá-las. As complicações se devem normalmente ao efeito hemorrágico das medicações, que também é comum aos seus antecessores, tanto heparina quanto varfarina e femprocumona. Entretanto, a ausência de um antídoto eficaz para essas novas medicações é que preocupa os médicos e causa desconforto e pressa na indústria farmacêutica.

Não pretendo aqui desencorajar o uso dessas novas medicações. Pelo contrário!!! Acredito que são um grande avanço e tenho usado Xarelto com boa adaptação em alguns pacientes. A Dabigatrana ainda não apresenta estudos definitivos para as doenças normalmente tratadas pelo cirurgião vascular e, por isso, não a utilizei até o momento. Certamente a facilidade de uso, acerto de dose e a apresentação em comprimidos, ao invés das injeções de heparina, revolucionaram o tratamento da trombose venosa profunda e de sua prevenção no período pós-operatório de diversas cirurgias. Mas os estudos clínicos realizados demonstraram que essas facilidades não devem incitar o acompanhamento relapso do paciente e a falta de uso criterioso e responsável. Para aqueles pacientes que usam anticoagulantes atualmente, essas novas alternativas devem ser discutidos com seus médicos.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Entrevista para o Hagah Saúde sobre como parar de fumar

Entrevista para o Hagah Saúde sobre como parar de fumar

Dia 31 de maio foi o Dia Mundial Sem tabaco. Como muitas doenças vasculares estão relacionadas ao uso do cigarro, a orientação de abandonar o cigarro é recorrente na minha prática de ambulatório. Há algum tempo, já havia escrito um post com algumas dicas para abandonar o cigarro. A equipe do Hagah Saúde (especialmete a Lucila Oliveira) gentilmente me convidou para prestar mais alguns esclarecimentos sobre esse tema tão importante. Aproveito para compartilhar a matéria com você, leitor do blog.

Quer parar de fumar e não sabe como? Confira algumas dicas para largar o vício de uma vez por todas.
Aliar medicamentos à mudança de comportamento pode ser o pontapé inicial.

Que o hábito de fumar faz muito mal à saúde não é nenhuma novidade. Além de piorar o casos de insônia, o cigarro causa câncer de boca, laringe e pulmão, entre outras doenças graves. Na fumaça do tabaco existe cerca de 4 mil substâncias tóxicas.

Dificilmente um fumante passa em uma consulta com um médico sem ouvir um sermão sobre os males do cigarro é o que afirma a cirurgiã vascular Ana Carolina Costa. E para auxiliar aqueles que têm a intenção de abandonar o vício, a médica dá algumas dicas que podem ser muito úteis.

Existem diversos programas voltados ao combate ao tabagismo. Entretanto, a maioria dos fumantes prefere não procurar programas de suspensão do tabagismo e tenta parar de fumar sozinho. Por isso, esses programas costumam ser voltados àqueles indivíduos que não conseguiram parar por si mesmos. Sabe-se que decidir parar de fumar é um grande passo e que a psicoterapia pode contribuir muito no processo.

Vários fumantes são incapazes de deixar de fumar sem um auxílio mais intensivo e, frequentemente, são os fumantes com maior risco de acometimento de doenças relacionadas ao tabaco. Eles devem ser encaminhados para clínicas especializadas, onde o tratamento é feito por uma equipe multidisciplinar, com terapias em grupo, tendo melhor suporte para suas dificuldades, até chegar a abstinência completa, e acompanhamento mais contínuo para prevenir recaídas.

Em primeiro lugar, o mais importante é tomar a decisão definitiva de parar de fumar. Esta é a melhores escolha que se pode fazer para melhorar a saúde, em geral, e acrescentar mais alguns anos de vida. Pessoas que param de fumar, geralmente, vivem mais do que as pessoas que continuam fumando.

Para aumentar as chances de sucesso, é importante se preparar para passar por dois momentos marcantes: o último cigarro e os desejos, impulsos e sentimentos que acompanham esse processo. Defina o dia exato em que você vai parar de fumar e use o tempo até a data estabelecida para se preparar e, gradualmente, reduzir o número de cigarros que fuma.

Como proceder
– Pare de fumar de uma só vez no dia escolhido, sem prolongar as reflexões sobre a decisão;
– Reduza o número de cigarros que fuma por dia, gradativamente, até parar de fumar completamente;
– Fume apenas parte de cada cigarro. Dois dias antes do dia escolhido para parar, você deve fumar não mais do que um quarto de cada cigarro.

Em alguns casos, o uso de medicações pode facilitar a fase inicial de abandono do vício. Se você estiver viciado em nicotina, um medicamento de reposição de nicotina, como goma, spray, ou inalador, pode ajudar a passar pelos momentos mais difíceis. Existem, também, medicamentos que não repõem nicotina, mas podem ajudar a reduzir os sintomas de sua retirada. A bupropiona é o principal exemplo. No entanto, seu uso tem sido associado a relatos de mudanças de comportamento, incluindo hostilidade, agitação, humor deprimido, e pensamentos ou atos suicidas.

Lembre-se: não se auto-medique! Medicamentos podem ajudar muito nesse processo, mas, se não forem usados corretamente, os resultados não serão satisfatórios. Medicamentos são úteis quando usados corretamente e combinados com um programa de modificação do comportamento. Uma avaliação médica é fundamental na hora de iniciar o uso de qualquer medicação. É fundamental que o médico acompanhe seus efeitos.

Prepare-se para abandonar o vício:
– Tenha alimentos com baixo teor de gordura para comer quando parar de fumar, como frutas frescas, balas, chicletes;
– Compense cada dia sem fumar com uma atividade prazerosa, como assitir a um filme, visitar amigos, passear, ter um hobby;
– Livre-se de cada cigarro, fósforo, isqueiro e cinzeiro de sua casa, escritório e carro;

– Fique atento aos grandes benefícios e mudanças que parar de fumar lhe trará, como a melhora da circulação sanguínea, controle da pressão arterial e frequência cardíaca e retorno dos níveis de oxigênio no sangue ao normal.

Poucos dias após abandonar o cigarro, sua respiração torna-se mais fácil e seus sentidos do olfato e paladar melhoram. E não se desespere. Como acontece com qualquer vício, é esperado sentir desejo de fumar após deixar o cigarro. A vontade de fumar deve diminuir diariamente, após você parar, mas é preciso se preparar para evitar recaídas. Outro truque é marcar no calendário o número de dias desde que você abandonou o cigarro. Enquanto os dias passam, você vê há quanto tempo está sendo persistente.

http://saude.hagah.com.br/especial/rs/qualidade-de-vida-rs/19,0,3773361,Quer-parar-de-fumar-e-nao-sabe-como-Confira-algumas-dicas-para-largar-o-vicio-de-uma-vez-por-todas.html

Varizes

Tratamento de Varizes Pélvicas

“Embolização”é a ténica que trata as Varizes Pélvicas

Fonte: www.segs.com.br

A dor pélvica gera problemas psicológicos, como depressão e perda da auto estima

Até então pouco conhecido e pouco valorizado quando o assunto é Varizes Pélvicas, mas o diagnóstico e o interesse nas varizes pélvicas vem aumentando entre os cirurgiões vasculares e ginecologistas.

As varizes pélvicas são reconhecidas pelo aumento do diâmetro das veias que envolvem a parte externa do útero e dos ovários e está ligada à fragilidade do sistema vascular. A doença é diagnosticada através do exame de ultrassom pélvico e ou transvaginal.

No Brasil ainda há poucos estudos de prevalência dessa doença, porém nos Estados Unidos e Europa estima-se que em torno de 15% da população tem a doença.

Segundo o Dr. José João Lopes, cirurgião vascular e angiologista, pós-graduado em Angiologia e Cirurgia Vascular, a queixa principal das mulheres quanto a varizes pélvicas é a dor e o desconforto pélvico relacionados a fase pré menstrual e durante a relação sexual, caso este, que leva a problemas emocionais e até a perda da auto-estima. “Acredita-se que com os novos meios de diagnóstico e tratamento, muitos dos casos sintomáticos serão diagnosticados e tratados. O diagnóstico é feito quando a mulher relata estes sintomas e é confirmado pelo ultrassom pélvico e transvaginal” , afirma.

A técnica mais moderna e que dá melhor resultado é a  “embolização”, que é a colocação de pequenas molas dentro de veias pélvicas realizadas por cateterismo, através de uma simples punção em veia na região da virilha e que não precisa de internação hospitalar (tratamento endovascular).

Muitas mulheres que sentem dor no ato sexual e não se encontra a causa, podem ter varizes pélvicas. Às vezes quem têm varizes pélvicas também têm varizes vulvares ou na região da coxa indo para a nádega. “Fluxo menstrual anormal e sensação de cansaço ou dor em pé com piora no final do dia podem ser sinal da presença de varizes pélvicas”, afirma Dr. José João.

O médico explica que as causas mais frequentes das varizes pélvicas são: dores na região pélvica, desconforto durante e após a relação sexual, fragilidade do sistema vascular, hereditariedade, sedentarismo, distúrbios hormonais, aumento da vontade de urinar, sensação de peso nas pernas agravado no período pré-menstrual, corrimento anormal, cólica inexplicável e sangramento menstrual exagerado.

A maioria das pessoas dá pouca importância ao fato. O Dr. José João Lopes esclarece que o tratamento é simples e não precisa internação. Pode estar associado a múltiplas gestações e geralmente atinge mulheres acima de 30 anos. Muitas delas, por não terem sido diagnosticadas e, consequentemente, não tratadas têm frigidez secundária.

Comentários:

Há alguns anos, o tratamento das varizes pélvicas era considerado extremamente arriscado pela maioria dos médicos. Poucos eram os cirurgiões que se sentiam confortáveis a realizá-lo ou mesmo a indicar a seus pacientes. Tanto receio acabou tornando esse diagnóstico quase desconhecido de alguns médicos que, na impossilidade de propor um tratamento efetivo, já nem sequer o pesquisavam. Não é incomum encontrar mulheres que passaram anos em sofrimento por dores adbominais relacionadas às varizes pélvicas sem que qualquer tratamento eficaz fosse proposto.

Entretanto, com o avanço da cirurgia endovascular, o tratamento das varizes pélvicas se tornou mais simples e factível em grande número de pacientes. Sua indicação deve sempre estar embasada na avaliação combinada de especialistas, principalmente o ginecologista, para chegar aos melhores resultados.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

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Novidades em anticoagulação oral

Estudo: Anticoagulante oral é eficaz contra embolia pulmonar.

Fonte: www.terra.com.br

Um novo anticoagulante por via oral fabricado pela gigante farmacêutica alemã Bayer demonstrou ser tão eficaz e seguro quanto outros tratamentos injetáveis para evitar embolias pulmonares, segundo estudo divulgado nesta segunda-feira.

O medicamento Xarelto (rivaroxaban) foi testado como terapia para prevenir ou tratar o tromboembolismo venoso (TEV), o terceiro tipo mais comum da doença cardiovascular, que pode afetar as pernas e os pulmões.

A embolia pulmonar, provocada por coágulos nos pulmões, é a terceira causa de morte em hospitais dos Estados Unidos. O estudo, feito com quase 5 mil pessoas em 38 países no âmbito de um teste clínico internacional de fase 3 concluiu que a pílula é mais fácil de administrar do que a terapia padrão de duas injeções do anticoagulante enoxaparina, seguidas de um antagonista da vitamina K, outro anticoagulante.

Também provou ser mais seguro em termos de prevenção de hemorragias graves, disse o principal cientista responsável pelo estudo, Harry Buller, professor de medicina vascular do Centro Médico Acadêmico de Amsterdã.

Buller disse em um comunicado que o rivaroxaban “é tão eficaz quanto o tratamento padrão para a embolia pulmonar” e destacou a simplicidade de sua administração por via oral. Todos os participantes do estudo foram diagnosticados com embolia pulmonar e um quarto também tinha coágulos nas pernas.

O grupo da pílula tomou o medicamento por via oral duas vezes por dia durante três semanas e depois uma vez por dia durante o restante do estudo, que durou entre 3 e 12 meses e foi considerado apropriado para vários tipos de pacientes.

O outro grupo recebeu duas injeções de enoxaparina por dia durante cinco dias, seguidas de injeções de vitamina K. As descobertas permitiriam oferecer um tratamento mais simples aos pacientes, embora a terapia padrão de injeções seja eficaz contra a trombose em quase 90% dos casos. O rivaroxaban foi aprovado pelas autoridades sanitárias dos Estados Unidos para prevenir coágulos em pacientes que se submeteram a cirurgias de quadril ou de joelhos.

Os últimos dados do teste clínico, conhecido como EINSTEIN-EP e patrocinado pelas farmacêuticas Bayer e Janssen Pharmaceuticals, foram apresentados na conferência da American College of Cardiology (ACC, na sigla em inglês), celebrada em Chicago. Mais detalhes foram divulgados na edição online da publicação especializada New England Journal of Medicine.

Comentários:

Recentemente os estudos da indútria farmacêutica se voltaram ao desenvolvimento de medicações que facilitassem o manejo dos pacientes que necessitam de tratamento de anticoagulação oral, popularmente conhecido como “afinar o sangue”.  O uso crônico de anticoagulante exige grande cooperação e dedicação do paciente, o que nem sempre é possível quando lidamos com grandes contingentes populacionais e diversidade sócio-econômico-cultural. O advento de novos anticoagulante de controle mais simples trouxe grande euforia à classe médica e, principalmente, aos pacientes. Entretanto, é preciso ressaltar que o uso desses novos anticoagulantes apenas foi aprovado até o momento para uso profilático em pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas e, recentemente, para portadores de arritmia cardíaca tipo fibrilação atrial. O uso em pacientes para tratamento de embolia pulmonar e trombose venosa profunda ainda não apresenta evidência científica inequívoca. Aguardamos os resultados de mais estudos em andamento para estabelecer os limites preciso dessa nova prática na medicina.

Varizes

Cirurgia de Varizes a laser: a melhor opção?

Tratamento de varizes com laser se destaca como procedimento minimamente invasivo

Fonte: www.segs.com.br

Vanessa Peres

A técnica conta com anestesia local e recuperação em 48 horas

Quem sofre com os problemas causados pelas varizes, não precisa obrigatoriamente passar por cirurgias complicadas, que necessitam de internação e posteriormente um longo período de repouso. Atualmente, há médicos vasculares que oferecem aos seus pacientes o tratamento de varizes com laser. Luiz Marcelo Viarengo, especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), iniciou de forma pioneira no Brasil o tratamento de varizes através do método conhecido como Laser Endovenoso ou EVLT (Endovenous Laser Treatment) e afirma que a técnica exige apenas anestesia local e é bem aceita, podendo inclusive, ser realizada em pacientes com úlcera ativa.

“O procedimento consiste na introdução de uma fibra óptica condutora de laser  no interior da veia varicosa, especialmente as safenas, através de uma punção dirigida por ultrassom”, explica o médico. Dessa forma, com a orientação de imagens geradas pelo equipamento, o laser é disparado no interior da veia, produzindo seu fechamento. “Esta técnica permite o tratamento das varizes mesmo  em pacientes de pele negra, idade avançada  ou  com graves alterações tróficas na pele, tais como fibroses cicatriciais, dermatosclerose (enrijecimento e perda de elasticidade da pele) e úlceras em atividade”, pondera o especialista.

O tratamento das varizes com laser (EVLT) se diferencia por não haver a retirada da veia insuficiente, e sim o tratamento endovenoso, causando a lesão da parede e seu fechamento. Viarengo diz que deste modo, este procedimento apresenta três principais diferenças em relação à cirurgia convencional: é realizado com anestesia local, em caráter ambulatorial (sem a necessidade de internação) e não requer repouso após o procedimento. “Em cerca de 48 horas o paciente já pode voltar às suas atividades normalmente, solicitamos apenas que ande bastante, para facilitar e auxiliar na melhora da circulação”, recomenda.

A porcentagem de pessoas portadoras de varizes é elevada em todo o mundo, mas de acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, ela varia entre os países e de acordo com a idade. No Brasil, aos 70 anos, cerca de 70% dos indivíduos apresentam algum tipo de varizes, já entre os 30 e 40 anos esta taxa cai para 20% no caso das mulheres e 3% para os homens. “É um problema que é quatro vezes mais frequente nas mulheres”, completa Luiz Marcelo Viarengo, alertando que a falta de tratamento preventivo e corretivo das varizes pode agravar a situação. “Portanto não se trata apenas de um cuidado estético”, reitera.

Aos primeiros sinais de cansaço nas pernas, aparecimento de manchas de cores escuras, inchaço no tornozelo ou infecção da pele da perna é preciso procurar um médico vascular. De acordo com o especialista, o tratamento adequado e preventivo evita complicações circulatórias. “O problema pode levar ao surgimento de úlceras venosas (lesões da pele de difícil cicatrização) ou tromboses (doença causada pela formação de coágulo sanguíneo), por isso o paciente deve procurar uma orientação médica o quanto antes”.

Viarengo afirma ainda que caso seja necessário recorrer à cirurgia, tanto a convencional quanto a laser apresentam ótimos resultados. Basta que sejam bem indicadas e realizadas por profissionais treinados e competentes.

 



 

Comentário:

O uso do laser endovascular modernizou o tratamento cirúrgico das varizes e o tornou menos agressivo. É necessário ressaltar que, como os resultados da cirurgia convencional de varizes são muito bons na grande maioria dos casos, ela permanece o tratamento padrão até os dias de hoje. Entretanto, não se pode negar vantagens óbvias da cirurgia a laser, entre elas o retorno precoce às atividades habituais e menor trauma pós-cirúrgico local. Contudo, o uso do laser em cirurgia de varizes tem indicações específicas e só deverá ser realizado sob orientação de um cirurgião vascular.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Varizes

Escleroterapia com espuma na mídia

Escleroterapia com espuma densa substitui cirurgia vascular

Fonte: Correio da Bahia

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos

Carmen Vasconcelos
[email protected]

Quando engravidou do primeiro filho, a professora Carmélia Patrícia dos Santos, 43 anos, sentia muitas dores nas pernas. Na época, achava que esse era mais um dos ‘sintomas’ da gravidez. Há cinco anos, no entanto, ela percebeu que as dores só aumentavam, de modo que a impossibilitavam de trabalhar. “Fico muito tempo de pé e o incômodo era tanto que não conseguia permanecer dando aula”, diz.

As varizes da perna eram tão grossas que feriam constantemente e a solução apontada era a cirurgia. Na época, uma amiga que acompanhava a agonia de Patrícia sugeriu um tratamento que prometia acabar com o sofrimento sem a necessidade de um procedimento agressivo ou invasivo: a escleroterapia com espuma densa.

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos, irritando a parede da veia, que se fecha. A substância, posteriormente, é absorvida pelo organismo.

“É uma terapia praticamente indolor, com um tratamento que pode variar em sua duração, dependendo de quantas aplicações forem necessárias”, acrescenta. No caso de Patrícia, a técnica surtiu efeito na segunda sessão. “As varizes murcharam e as feridas estão cicatrizadas”, comemora a professora. Ela diz  que ainda precisa tratar outras mais simples. “Sempre fui muito frouxa para sala de operações, então a escleroterapia foi a solução perfeita”, completa.

Mais que um problema estético, as varizes ou doença varicosa atingem homens e mulheres, embora essas últimas sofram mais com o problema em virtude das variações hormonais. Quando não tratadas adequadamente, essas veias trazem dores, sangramentos, ulcerações (feridas) e podem até mesmo chegar a uma trombose, quando há um rompimento das veias.

Ítalo Andrade ressalta que muitos fatores da vida contemporânea como a obesidade, o sedentarismo, o uso de anticoncepcionais ajudam a aumentar o problema, que é mais comum nos maiores de 35 anos, mas também pode iniciar na adolescência, especialmente nas mulheres.

O médico lembra que como o sedentarismo é um dos causadores da doença varicosa, é importante que as pessoas rejeitem mitos, como o que diz que pegar peso na academia nas pernas ou usar saltos contribuem para o aparecimento de varizes ou vasos. “A prática de exercício é recomendável, inclusive, porque ajuda a melhorar a circulação sanguínea, já os saltos comprometem a estrutura muscular e esquelética, sem interferência na parte circulatória”, esclarece. Ele afirma que a prática de musculação com pesos maiores só não é recomendada para aqueles casos cujas varizes estejam muito dilatadas.

“No entanto, existem casos que mesmo os vasinhos pequenos já causam ardor e incômodo”, destaca. A genética é a principal responsável pelo surgimento dos indesejáveis vasinhos, que, cientificamente, são denominados de teleangectasias. Para tratá-los, a indicação de tratamento é a escleroterapia convencional, também conhecida como aplicação e que também é realizada no consultório, sem a necessidade de internação ou anestesia.

Na escleroterapia com espuma densa, cada aplicação pode durar uma média de 10 minutos e o custo é muito inferior ao da cirurgia. A estimativa é que o tratamento completo gire numa média de R$ 1 mil. A indicação é voltada especificamente para as veias de grosso calibre e para pessoas que não querem ser submetidas a cirurgias ou não podem, como o caso de pacientes portadores de diabetes ou idosos.

Os sinais do aparecimento das varizes, geralmente, são o cansaço nas pernas, a sensação de peso nos membros inferiores, além da mudança na cor e consistência da pele,  que pode também apresentar ferimentos.

O médico explica, no entanto, que nem todo surgimento de vasos progride para as varizes com grosso calibre. “Por vezes, os vasinhos aparecem e se estabilizam”, diz, acrescentando que a avaliação deve ser feita sempre por um angiologista ou um cirurgião vascular.

Preparo da espuma para aplicação

Comentários:

Provavelmente devido a um erro de digitação, foi erroneamente explicado no texto que a trombose é o rompimento de uma veia. Esclareço que a trombose é, na verdade, a formação de um coágulo no interior de um vaso, no caso, uma veia. Esse coágulo pode ser formar dentro de uma veia superficial dilatada, presente em grande número nos pacientes com varizes, e progredir para uma veia profunda, chamada trombose venosa profunda, que é um quadro potencialmente grave.

Vale lembrar que a técnica de escleroterapia com espuma não é a técnica padrão para o tratamento de varizes calibrosas. Para esses casos, a cirurgia ainda permanece a alternativa mais recomendada. Entretanto, o uso de espuma tem proporcionado bons resultados para aqueles que não querem ou não podem se submeter ao tratamento convencional. Como foi bem esclarecido no texto, a avaliação da melhor técnica de tratamento bem como a sua execução deve sempre ser feita por um cirurgião vascular.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)