Quantas sessões são necessárias para tratar os vasinhos?

Quantas sessões são necessárias para tratar os vasinhos?

Que o tratamento das varizes e vasinhos mudou muito nos últimos anos, acho que todo mundo já sabe. O conhecimento teórico e técnico sobre os tratamentos disponíveis avançaram muito, e muita tecnologia foi incoorporada nos últimos anos. Tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento propriamente dito.

A consequência foram tratamentos mais assertivos, completos, rápidos e com resultados duradouros.

Porém, eu sempre gosto de dizer para as minhas pacientes que milagres não existem nesse campo. Não procure a promessa de resultados em uma única sessão: isso não existe!

Aqui na Clínica, fazemos a sessão 4S, que é uma sessão intensiva, com dois cirurgiões vasculares atuando ao mesmo tempo nas pernas da paciente, com toda a estrutura duplicada. É como fazer várias sessões em uma só. Sim, isso acelera bastante o processo. E mesmo assim, geralmente precisamos de mais algumas sessões para atingir o resultado desejado.

Algumas vezes, é necessário realizar intervalos entre as sessões para atingir melhores resultados. Isso pode prolongar o tratamento em 3, 6, até 12 meses! Mas doutora, não era pra ser mais rápido?

Siiimm!! Se compararmos com anos a fio fazendo tratamentos que não te trouxeram resultado nenhum, esperar 12 meses não é tanto assim. Evidentemente, não são 12 meses sem ver nenhum resultado. São meses construindo um resultado duradouro am algumas pacientes que tem casos extremamente complexos.

É extremamente importante ter expectativas realistas com relação ao que pode ser atingido e seguir o plano proposto. De outra forma, é só jogar dinheiro fora mesmo.

Varizes

Como diferenciar vasinhos de varizes?

Embora os pacientes costumem usar os termos vasinhos e varizes como sinônimos, são problemas distintos, embora muitas vezes relacionados, e ambos relacionados com a saúde do sistema venoso.

Vasinhos e varizes são semelhantes em que ambos são inestéticos, mas facilmente tratáveis. No entanto, as semelhanças terminam aí. Os vasinhos, também chamados telangiectasias, são anormalidades predominantemente estéticas, mesmo que, às vezes, possam indicar a existência de doenças venosas subjacentes mais graves. As telangiectasias geralmente medem menos de 1mm de diâmetro e, exceto quando agrupados, não costumam causar elevações visíveis na pele como as varizes mais grossas. Os vasinhos aparecem como finas linhas vermelhas, azuis ou arroxeadas na superfície da pele, muitas vezes semelhantes a uma contusão quando ocorrem em aglomerados.

As veias varicosas ou varizes são veias grandes e salientes acima do nível da pele, muitas vezes parecendo um cordão azulado abaixo da pele. Estas veias salientes podem estar associadas a sintomas de peso e dor nas pernas.
Ambos os tipos de veias podem ser facilmente tratados. Após a avaliação em consulta médica e realização de exames de imagem que se julgue necessários, pode-se traçar um plano de tratamento adequado. As varizes são tratadas principalmente através de cirurgia, que pode incluir o uso do laser ou não. Já o principal tratamento para os vasnhos é a escleroterapia ou aplicação, realiza com injeções.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

É possível realizar escleroterapia durante a gestação?

De acordo com a literatura, o tratamento de varizes vulvares dolorosas pode ser feito durante a gravidez. Há inúmeros relatos de pacientes submetidas a escleroterapia  para varizes das pernas durante a gestação de maneira intencional ou acidental, sem qualquer prejuízo para o feto. Entretanto, esses relatos tem pouco valor para avaliação de segurança. Segundo as diretrizes e informações dos fabricantes dos principais esclerosantes disponíveis no mercado , a gravidez é uma contra-indicação para a escleroterapia, pois seus estudos de segurança foram conduzidos apenas em animais (devido às questões éticas óbvias desse tipo de pesquisa).

Assim, ainda que os relatos de casos não indiquem risco aumentado para a mãe ou para o feto, a realização desse procedimento na gestação deve ser evitada. Além da literatura científica limitada sobre o assunto, ainda há a a alta probabilidade de regressão espontânea de varizes pós-parto. Dessa forma, deve-se preferir medidas conservadoras durante a gravidez, como o uso de meias elásticas, ou eliminação de varizes antes ou após a gravidez.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes

A escleroterapia é feita sob anestesia?

O medo de sentir dor é um dos fatores que leva muitos pacientes a postergar o início do tratamento de escleroterapia. Dessa forma, é comum que se questione a possbilidade de realizar o procedimento sob anestesia.  Normalmente, nenhum anestésico local é utilizado durante a sessão, porque as injeções de anestésicos tendem a ser mais dolorosas do que as injeções da própria escleroterapia, já que agulha utilizada nesta última é muito pequena .
Entretanto, durante uma cirurgia de varizes, é possível realizar injeções de escleroterapia enquanto o pacientes ainda estiver sob efeito da anestesia escolhida para a cirurgia.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes

8 dúvidas sobre escleroterapia

O que é escleroterapia?

A escleroterapia, também chamada de “aplicação” ou “secagem de vasinhos”, envolve a injeção de uma solução diretamente na veia. Essa solução faz com que a veia colapse e feche, forçando o sangue a se redirecionar para veias saudáveis. A veia fechada é reabsorvida no tecido local e eventualmente desaparece. A escleroterapia também pode ser realizada com laser, quando o feixe de luz do laser atinge a veia e aumenta a temperatura local, a ponto de ebulição, fechando o vaso por causa do calor.

Após escleroterapia, as veias tratadas tendem a desaparecer dentro de algumas semanas, embora, ocasionalmente, possa levar até um mês para ver os resultados completos. Em alguns casos, podem ser necessárias várias sessões de escleroterapia.

A escleroterapia trata principalmente vasinhos. Ela é muitas vezes considerada o tratamento de escolha para pequenas varizes, aquelas veias esverdeadas e grossas, desde que não muito dilatadas.

Por que ela é feita?

A escleroterapia é feita com fins cosméticos nas maioria das vezes. Quando os vasinhos vermelhos fecham, o aspecto da pele melhora. Entretanto, o procedimento também pode ser indicado para melhorar sintomas como dor, inchaço, ardência e cãibras.
Em caso de gestação, recomenda-se esperar até depois do parto para se submeter ao tratamento.

O tratamento é doloroso?

A dor costuma ser pequena ou ausente, com boa tolerância dos pacientes. Ela também pode ser minimizada com a diminuição da temperatura da pele.

Qual técnica de escleroterapia devo escolher?

A escleroterapia pode ser realizada com injeções, espuma e laser. A escleroterapia quimica, conhecida como “aplicação”, utiliza um líquido esclerosante que é injetado por microagulhas dentro dos vasinhos. Existem líquidos diferentes que podem ser utilizados de acordo com a preferência do cirurgião e mesmo de acordo com a resposta individual. Na escleroterapia com espuma, é utilizado o polidocanol, substância esclerosante que é transformada em espuma através de sua manipulação. A espuma apresenta é espessa e por isso mantém contato com a parede do vaso por mais tempo, o que aumenta sua eficácia em relação à aplicação convencional com substância líquida. A escleroterapia com laser elimina os vasinhos pela ação física da luz e calor nos vasinhos.

Cada técnica tem sua indicação e o cirurgião vascular é o especialista recomendado para escolher o melhor tratamento.

Quais os riscos?

Escleroterapia é um procedimento bastante seguro, com poucas complicações. Entretanto, nenhum procedimento é isento de risco e é importante conhecer os efeitos possíveis para permanecer atento aos sintomas e comunicar ao médico caso algo aconteça.

Efeitos colaterais esperados:
Ardência, vermelhidão e coceira leve no local por 12-24hs, pequenos hematomas por 3-15 dias
Efeitos colaterais indesejáveis:
Alergias, coágulos nos pequenos vasos (que devem ser tratados), manchas escuras no local (mais comuns com espuma), pequenas feridas (raro), trombose venosa profunda e embolia pulmonar (raro).

Como se preparar para o tratamento?

É essencial que o paciente seja avaliado em consulta médica para que seu histórico seja avaliado, além da realização do exame físico, quando se pode estabelecer a melhor estratégia de tratamento.

Informações importantes do seu histórico:

  • Doenças recentes ou condições médicas existentes, tais como a doença cardíaca
  • Medicamentos ou suplementos em uso, como anti-inflamatórios, especialmente a aspirina, anticoagulantes ou antibióticos
  • alergias
  • Fumo ou uso de contraceptivos orais, pois estes podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos
  • Tratamento prévio para varizes e os resultados do tratamento.

No dia do procedimento:
Procurar comparecer com as pernas depiladas, pois os pelos podem dificultar a identificação dos vasinhos. Evite usar lâmina ou aplicar qualquer loção para as pernas no dia do tratameno. Procure usar uma calça confortável que não deixe marcas na pele. É recomendável levar um short para usar durante o procedimento, para expor melhor as perna.

O que esperar?

Escleroterapia é geralmente feita no consultório do seu médico e não requer anestesia. Geralmente, leva entre 15 a 30 minutos para ser concluída.
O número de aplicações depende do número e do tamanho das veias a ser tratadas. Outros fatores de interferência são a expectativa de melhora, resposta ao tratamento, tolerância à dor, assiduidade e adesão às orientações pós escleroterapia. Alguns vasos desaparecem, outros diminuem e outros não respondem. Por isso, novas sessões são necessárias. Os intervalos entre as sessões devem ser em média de 15 dias.
Após as sessões de escleroterapia pode-se ter vida normal, podendo voltar ao trabalho na mesma hora.
As orientações de pós-escleroterapia variam de acordo com a técnica utilizada e calibre de veia tratada. O cirurgião vascular irá lhe dizer quando você pode retornar as atividades físicas, período sem tomar sol, uso de meias elásticas, cremes ou remédios necessários.

Vasinhos voltam?

Vasinhos novos podem aparecer com o tempo, pois tratamos a consequência, e não a causa da doença.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

Qual a melhor forma de tratar as vasinhos?

Muitas pacientes me questionam sobre o tratamento mais eficaz para os vasinhos. Frequentemente, comparecem à consulta com uma idéia pré-estabelecida baseada em algum programa veiculado na mídia. É comum que venham encantadas com o resultado da injeção de espuma ou do laser. Entretanto, os programas de TV mostram apenas o resultado imediato e não abordam os resultados a longo prazo do tratamento.

A escolha do tratamento mais adequado só pode ser feita após a minuciosa avaliação do paciente, seja apenas na consulta médica, ou ainda através da complementação com exames de ecografia ou outros, que possam ser necessários. Ainda assim, pode haver mais de um tratamento adequado.

Determinados vasinhos podem ser tratados com escleroterapia convencional (a “secagem de vasinhos”) ou por laser, por exemplo. A escolha entre os métodos deve considerar o tipo de pele, tempo disponível para o tratamento, sensibilidade e a preferência do paciente. Acredito que as variáveis devem ser colocadas de maneira clara ao paciente que busca tratamento.

Não existe uma fórmula que funcione para todos. Além disso, um tratamento pode ter um resultado diferente do esperado inicialmente e precisar ser trocado, interrompido ou intensificado. A reavaliação dos resultados deve ocorrer a cada nova sessão.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Varizes

Por que tratar os vasinhos?

Com a aproximação do verão, os consultórios de Cirurgia Vascular ficam lotados de pacientes em busca de tratamento para os terríveis vasinhos. Entretanto, o tratamento realizado à pressas logo antes do verão atende apenas a fins estéticos imediatos e, habitualmente, falha em oferecer resultados mais duradouros.

É sabido que novos vasinhos tendem a aparecer com certa frequência, mas os efeitos cosméticos da escleroterapia costumam ser tanto melhores quanto mais completo este tratamento for. Por isso, é importante visitar um cirurgião vascular regularmente e realizar a manutenção do tratamento de varizes e vasinhos.

Apesar dessas orientações, ainda é frequente ver pacientes com quadro avançado de varizes que procuram tratamento apenas quando sentem dor ou surgem feridas. Quando são apenas vasinhos, a opção pelo não-tratamento é ainda mais frequente. Essa postura não antecipa a piora do quadro pelo processo de envelhecimento.

Como quase tudo em nosso corpo, os vasinhos também tendem a piorar com o tempo. E essa evolução é imprevisível. Os vasinhos que hoje causam apenas um ligeiro desconforto estético podem, em alguns anos, provocar dor, sangramento, etc. Entretanto, o processo de envelhecimento pode vir acompanhado de doenças que impedem ou limitam o tratamento dos vasinhos, como a trombose arterial, aterosclerose, diabetes, entre outras. Dessa forma, quando finalmente os vasinhos provocarem sintomas que estimulem a busca pelo tratamento, outras doenças podem impedir sua realização. Assim, um problema aparentemente simples pode ficar sem tratamento.

Portanto, mesmo que as varizes não provoquem desconforto hoje, é importante tratá-las para evitar problemas futuros.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Varizes

Escleroterapia com espuma na mídia

Escleroterapia com espuma densa substitui cirurgia vascular

Fonte: Correio da Bahia

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos

Carmen Vasconcelos
[email protected]

Quando engravidou do primeiro filho, a professora Carmélia Patrícia dos Santos, 43 anos, sentia muitas dores nas pernas. Na época, achava que esse era mais um dos ‘sintomas’ da gravidez. Há cinco anos, no entanto, ela percebeu que as dores só aumentavam, de modo que a impossibilitavam de trabalhar. “Fico muito tempo de pé e o incômodo era tanto que não conseguia permanecer dando aula”, diz.

As varizes da perna eram tão grossas que feriam constantemente e a solução apontada era a cirurgia. Na época, uma amiga que acompanhava a agonia de Patrícia sugeriu um tratamento que prometia acabar com o sofrimento sem a necessidade de um procedimento agressivo ou invasivo: a escleroterapia com espuma densa.

De acordo com o cirurgião vascular Ítalo Andrade, a técnica consiste na aplicação de soluções detergentes especiais no interior dos vasos, irritando a parede da veia, que se fecha. A substância, posteriormente, é absorvida pelo organismo.

“É uma terapia praticamente indolor, com um tratamento que pode variar em sua duração, dependendo de quantas aplicações forem necessárias”, acrescenta. No caso de Patrícia, a técnica surtiu efeito na segunda sessão. “As varizes murcharam e as feridas estão cicatrizadas”, comemora a professora. Ela diz  que ainda precisa tratar outras mais simples. “Sempre fui muito frouxa para sala de operações, então a escleroterapia foi a solução perfeita”, completa.

Mais que um problema estético, as varizes ou doença varicosa atingem homens e mulheres, embora essas últimas sofram mais com o problema em virtude das variações hormonais. Quando não tratadas adequadamente, essas veias trazem dores, sangramentos, ulcerações (feridas) e podem até mesmo chegar a uma trombose, quando há um rompimento das veias.

Ítalo Andrade ressalta que muitos fatores da vida contemporânea como a obesidade, o sedentarismo, o uso de anticoncepcionais ajudam a aumentar o problema, que é mais comum nos maiores de 35 anos, mas também pode iniciar na adolescência, especialmente nas mulheres.

O médico lembra que como o sedentarismo é um dos causadores da doença varicosa, é importante que as pessoas rejeitem mitos, como o que diz que pegar peso na academia nas pernas ou usar saltos contribuem para o aparecimento de varizes ou vasos. “A prática de exercício é recomendável, inclusive, porque ajuda a melhorar a circulação sanguínea, já os saltos comprometem a estrutura muscular e esquelética, sem interferência na parte circulatória”, esclarece. Ele afirma que a prática de musculação com pesos maiores só não é recomendada para aqueles casos cujas varizes estejam muito dilatadas.

“No entanto, existem casos que mesmo os vasinhos pequenos já causam ardor e incômodo”, destaca. A genética é a principal responsável pelo surgimento dos indesejáveis vasinhos, que, cientificamente, são denominados de teleangectasias. Para tratá-los, a indicação de tratamento é a escleroterapia convencional, também conhecida como aplicação e que também é realizada no consultório, sem a necessidade de internação ou anestesia.

Na escleroterapia com espuma densa, cada aplicação pode durar uma média de 10 minutos e o custo é muito inferior ao da cirurgia. A estimativa é que o tratamento completo gire numa média de R$ 1 mil. A indicação é voltada especificamente para as veias de grosso calibre e para pessoas que não querem ser submetidas a cirurgias ou não podem, como o caso de pacientes portadores de diabetes ou idosos.

Os sinais do aparecimento das varizes, geralmente, são o cansaço nas pernas, a sensação de peso nos membros inferiores, além da mudança na cor e consistência da pele,  que pode também apresentar ferimentos.

O médico explica, no entanto, que nem todo surgimento de vasos progride para as varizes com grosso calibre. “Por vezes, os vasinhos aparecem e se estabilizam”, diz, acrescentando que a avaliação deve ser feita sempre por um angiologista ou um cirurgião vascular.

Preparo da espuma para aplicação

Comentários:

Provavelmente devido a um erro de digitação, foi erroneamente explicado no texto que a trombose é o rompimento de uma veia. Esclareço que a trombose é, na verdade, a formação de um coágulo no interior de um vaso, no caso, uma veia. Esse coágulo pode ser formar dentro de uma veia superficial dilatada, presente em grande número nos pacientes com varizes, e progredir para uma veia profunda, chamada trombose venosa profunda, que é um quadro potencialmente grave.

Vale lembrar que a técnica de escleroterapia com espuma não é a técnica padrão para o tratamento de varizes calibrosas. Para esses casos, a cirurgia ainda permanece a alternativa mais recomendada. Entretanto, o uso de espuma tem proporcionado bons resultados para aqueles que não querem ou não podem se submeter ao tratamento convencional. Como foi bem esclarecido no texto, a avaliação da melhor técnica de tratamento bem como a sua execução deve sempre ser feita por um cirurgião vascular.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes, Serviços
quanto tempo sem sol apos tratar os vasinhos

Projeto “Pernas mais bonitas” para o Verão 2013

Durante os meses mais quentes do ano, muitas pacientes abandonam o tratamento de varizes por motivos de férias, viagens, banhos-de-sol, dificuldade de uso de meias elásticas pelo calor… Enfim, motivos não faltam, embora seja perfeitamente possível seguir o tratamento desde que se esteja disposta a tomar alguns cuidados.

Entretanto, para quem tem se incomodado com as varizes em suas pernas, seja por motivo estético ou não, a queda das temperaturas abre caminho para iniciar o tratamento das varizes. E quanto antes melhor, já que é um tratamento demorado, que exige dedicação e perseverança por muitos meses, em alguns casos (depende de quanto tempo você deixar as varizes crescerem descontroladamente em suas pernas).

Por se tratar de um problema crônico para o qual não há cura, o tratamento de varizes deve ser contínuo. Se você fez um tratamento há algum tempo e novas varizes apareceram, isso não deve desmotivá-la a realizar um outro tratamento. Ao contrário, deve estimulá-la a procurar ajuda o mais rápido possível, antes que as varizes voltema lhe causar o mesmo desconforto de antes.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes, microvarizes, vasinhos ou varicoses? Entenda a diferença

Varizes, microvarizes, vasinhos ou varicoses? Entenda a diferença

A insuficiência venosa pode se manifestar com alterações de graus diferentes de gravidade e comprometimento estético. Essa variedade de manifestações e denominações provoca grande confusão entre os pacientes e, não raro, dificuldades em entender o tratamento proposto pelo médico.

Popularmente conhecidas como “vasinhos” ou “varicoses”, as telangiectasias são os vasos cutâneos visíveis que medem de 0,1 a 1 mm de diâmetro. Podem se apresentar como linhas fracamente vermelhas até um aspecto roxo e elevado, como cachos de uva.

Já as microvarizes são pequenos vasos dilatados, tortuosos, com coloração de aspecto azuldo ou esverdeado. Têm dimensões entre 2 e 5 mm, calibre intermediário entre as varizes e telangiectasias (vasinhos). São chamadas veias reticulares ou colaterais e são muito freqüentes na face posterior do joelho e lateral da coxa e perna. Aparecem também na parte de dentro do joelho e coxa e, às vezes, na frente do osso da perna.

Varizes correspondem ao termo utilizado para definir veias dilatadas, alongadas e tortuosas, mais notadas por serem elevadas em relação à superfície da pele. Podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. Entre os tipos descritos, são as que maior preocupação causam, por estarem sujeitas a uma circulação sanguínea tão disfuncional que pode levar à formação de coágulos em seu interior, quadro conhecido como flebite. Uma flebite pode, eventualmente, progredir para uma trombose venosa profunda, que é um quadro preocuante e de complicacões potencialmente fatais.

É frequente que os pacientes portadores de doença venosa apresentem telangiectasias associadas a veias reticulares e varizes. Isso torna necessário um tratamento dividido em etapas e com acompanhamento frequente.

As telangiectasias são tratadas através da escleroterapia, método mais conhecido como “secagem” ou “aplicação”. Já para as microvarizes e varizes, costuma ser necessária uma cirurgia. A complexidade da cirurgia varia de acordo com cada caso, mas a maioria requer procedimentos de pequeno porte. Em alguns casos, pode-se empregar o uso da escleroterapia com espuma, técnica muito semelhante à escleroterapia convencional, porém com possibilidade de tratamento de veias de maior calibre.

Dra. Ana Carolina Freire Costa, médica (CRM/RS 32837)