Quanto tempo sem tomar sol após tratar os vasinhos?

Quanto tempo sem tomar sol após tratar os vasinhos?

quanto tempo sem sol apos tratar os vasinhos

Essa é uma pergunta que eu tenho certeza que você quer saber a resposta!!

Afinal, a maioria das pacientes posterga o início do seu tratamento de vasinhos justamente pelo receio de não poder expor a região ao sol.

O grande perigo são os hematomas, que podem provocar manchas na pele se exposto ao sol. Pode-se imaginar, que não há uma resposta direta para essa pergunta. Afinal, a formação de hematomas depende de pessoa para pessoa, assim como do tipo de veia que está sendo tratada e de que fase do tratamento a paciente está.

Os hematomas são maiores e mais frequentes no início do tratamento e após o tratamento daquelas veias maiores. Entretanto, de forma geral, trabalhamos com um período de restrição de 2 a 3 semanas, em média, após cada sessão.

É sempre aconselhável conversar com seu cirurgião sobre as particularidades do seu tratamento para obter orientações mais precisas para o seu caso.

Trate seus vasinhos que ainda dá tempo e Bom Verão!!!

Quantas sessões são necessárias para tratar os vasinhos?

Quantas sessões são necessárias para tratar os vasinhos?

Que o tratamento das varizes e vasinhos mudou muito nos últimos anos, acho que todo mundo já sabe. O conhecimento teórico e técnico sobre os tratamentos disponíveis avançaram muito, e muita tecnologia foi incoorporada nos últimos anos. Tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento propriamente dito.

A consequência foram tratamentos mais assertivos, completos, rápidos e com resultados duradouros.

Porém, eu sempre gosto de dizer para as minhas pacientes que milagres não existem nesse campo. Não procure a promessa de resultados em uma única sessão: isso não existe!

Aqui na Clínica, fazemos a sessão 4S, que é uma sessão intensiva, com dois cirurgiões vasculares atuando ao mesmo tempo nas pernas da paciente, com toda a estrutura duplicada. É como fazer várias sessões em uma só. Sim, isso acelera bastante o processo. E mesmo assim, geralmente precisamos de mais algumas sessões para atingir o resultado desejado.

Algumas vezes, é necessário realizar intervalos entre as sessões para atingir melhores resultados. Isso pode prolongar o tratamento em 3, 6, até 12 meses! Mas doutora, não era pra ser mais rápido?

Siiimm!! Se compararmos com anos a fio fazendo tratamentos que não te trouxeram resultado nenhum, esperar 12 meses não é tanto assim. Evidentemente, não são 12 meses sem ver nenhum resultado. São meses construindo um resultado duradouro am algumas pacientes que tem casos extremamente complexos.

É extremamente importante ter expectativas realistas com relação ao que pode ser atingido e seguir o plano proposto. De outra forma, é só jogar dinheiro fora mesmo.

É possível tratar as varizes por Planos de Saúde?

É possível tratar as varizes por Planos de Saúde?

Tratamento de Varizes pela Unimed

Uma das dúvidas mais frequentes tanto em consultório quanto aqui e nas redes sociais é sobre quanto do tratamento de varizes e vasinhos pode ser feito pelos convênios.

Muitos pacientes acham que a discussão gira em torno do que qualifica um procedimento como “estético”ou “funcional”. Então, queixam-se de sentir dor e desconforto nas pernas por causa dos vasinhos e que, por isso, o Plano de Saúde deveria oferecer cobertura para o procedimento.

Mas a verdade é que a cobertura dos planos de saúde para qualquer procedimento está definida no Rol de Procedimentos da Agência Nacional de Saúde (ANS). E esse Rol é atualizado ano a ano.

Evidentemente, qualquer afirmação que eu escreva hoje sobre essa lista de cobertura vale apenas para hoje. Assim, vale a pena conferir a lista atualizada no momento em que ler este artigo.

Atualmente, entre os procedimentos que se referem ao tratamento de varizes, a lista consta apenas da Cirurgia Convencional de Varizes, sem uso de Laser. Esclerose de vasos pode ser usada apenas para veias do esôfago, em pacientes portadores de cirrrose, por exemplo, mas não para as telangiectasias (aqueles pequenos vasinhos) das pernas.

Assim, a própria cirurgia com uso da técnica de Endolaser não tem a cobertura prevista para planos de saúde. E esse tipo de tratamento não tem absolutamente nada de estético, pois pode tratar safenas doentes, por exemplo. O procedimento de laser transdérmico também não faz parte da lista. Então, independente de ocasionarem ou não sintomas, esse tipo de tratamento pode não ser coberto pelo seu convênio.

Ainda assim, é possível que alguns convênios cubram esses procedimentos, mas apenas por questões pontuais de contrato com alguns usuários, mas não são a regra.

Cirurgia de Safenas sem Laser

Cirurgia de Safenas sem Laser

Qual o melhor procedimento para tratar as varizes?

Atualmente, podemos tratar as varizes pela cirurgia convencional, pela técnica com laser, ou com espuma.
Muitos pacientes ficam em dúvida sobre qual a melhor opção para o tratamento. Inicialmente, devemos considerar que nem todos os pacientes são candidatos a todos os tratamentos. Cabe ao cirurgião avaliar o paciente e decidir quais as opções possíveis.
A decisão dependerá da experiência do cirurgião vascular. Entretanto, considerando as orientações de diretrizes internacionais e que não haja impedimentos técnicos, a ablação térmica por laser ou radiofrequência é a primeira opção para tratamento de safenas incompetentes, dados os bons resultados associados a menores índices de complicações.
Como segunda opção, há o tratamento com espuma, realizado com bons resultados e poucas complicações, apesar de taxas um pouco maiores de falhas.
A cirurgia convencional é elencada como terceira opção, apesar de seus bons resultados e extenso conhecimento da técnica após anos de realização em todo o mundo. Essa terceira posição entre as opções possíveis se deve principalmente às taxas maiores de complicações, embora também pouco frequentes. É importante salientar que a cirurgia convencional permanece como opção de bons resultados para o tratamento das varizes. Entretanto, a tecnologia atual oferece tratamentos com resultados comparáveis e menores chances de complicações.

Cirurgia Convencional de Varizes (Fleboextração/ Safenectomia)

As veias que se transforam em varizes não podem ser curadas. Dessa forma, a melhor solução é removê-las. O objetivo da cirurgia é reduzir a pressão do sistema venoso da pele através da remoção de suas veias. A remoção de varizes não afeta o fluxo de sangue porque outras veias superficiais e especialmente as veias profundas compensam as que foram removidas.

Preparo para a cirurgia
Apesar de ser considerada uma cirurgia de baixo risco, uma avaliação clínica deve ser feita para detectar fatores de risco para cirurgia. Serão solicitados os exames pré-operatórios necessários, além de uma ecografia para avaliar a função das veias das pernas, chamada de ecodoppler colorido.
A cirurgia não exige permanência no hospital e o paciente recebe alta no mesmo dia. Entretanto, é necessário que o paciente tenha um acompanhante ao chegar ao hospital e para conduzí-lo de volta para casa ao término do procedimento, já que o ele não terá condições de dirigir ou utilizar o transporte público.
Já no hospital, antes do procedimento, o cirurgião desenhará um mapa de suas varizes nas pernas com uma caneta especial de forma que elas possam ser localizadas no procedimento mesmo após estar deitado.

A cirurgia
A cirurgia de varizes é realizada sob anestesia geral ou raquianestesia. Dependendo da localização das veias, o paciente ficará deitado de barriga para cima ou para abaixo.A operação varia um pouco de caso para caso, dependendo das veias que apresentem problema. Para a retirada da veia safena magna ou interna, são realizados dois corte, um na virilha e outro no tornozelo ou joelho. Um fio de metal é passado por dentro de toda a veia e orienta a remoção desta através das incisões.
Por vezes, a safena parva ou externa também apresenta problemas. Nesse caso, os cortes são realizados na parte posterior do joelho e do tornozelo. Essa veia é removida com menor frequência devido à proximidade com um nervo, que pode ser danificado.Finalmente, na maioria dos casos, as veias varicosas visíveis são removidas através de pequenas incisões puntiformes ao longo das veias varicosas. Essas incisões não necessitam pontos e são cobertas apenas com micropores. As pernas são enfaixadas ao final do procedimento.

Pós-operatório
Terminada a cirurgia, o paciente é levado à sala de recuperação pós-anestésica, onde permanece por um período de 2 a 6 horas em média. O paciente recebe alta quando totalmente recuperado, puder comer, caminhar e urinar sem dificuldade.
Os pacientes não costumam se queixar de dor intensa, mas ardência e queimação ao acordar são comuns.
Algumas das incisões menores podem sangrar um pouco mais nas primeiras 24-48 horas. Por esta razão, é melhor manter os micropores por 5 dias, que também favorece a boa cicatrização. As meias elásticas também ajudam nos primeiros 7 dias. Após este tempo, as meias ajudam na contenção dos hematomas e devem ser usadas apenas se proporcionarem mais conforto. As incisões, embora inicialmente muito visíveis, diminuem até tornarem-se praticamente invisíveis dentro de 9 a 12 meses.
Geralmente, há grandes hematomas na perna, em particular ao longo do meio da coxa. Este hematomas melhoram em 3 a 4 semanas.
A maioria das pessoas descrevem a perna dolorida e pesada quando chegam em casa. O repouso melhora os sintomas e é importante permanecer deitado com as pernas elevadas por 3 dias. Durante o repouso, deve-se movimentar as pernas, para evitar a ocorrência de trombose venosa. O desconforto melhoram bastante ao longo da segunda semana de pós-operatório.
Passado o período de repouso, deve-se realizar caminhadas curtas e numerosas ao longo do dia até retornar gradualmente às atividades normais.

Dirigir: Permitido após o 7o dia, desde que a perna não esteja muito desconfortável.

Banho: Permitido no dia seguinte à cirurgia. Os micropores podem ser molhados no banho, mas não devem ser removidos.

Trabalho: A depender do tipo de atividade, o trabalho pode ser retomado em até 15 dias. Algumas profissões mais extenuantes, podem exigir afastamentos mais longos.

Medicamentos: alguns analgésicos serão orientados ao final da cirurgia.

Complicações
Complicações após cirurgia de varizes são incomuns.

  • Pneumonia: Podem ocorrer após qualquer cirurgia, especialmente em fumantes.
  • Infecção da ferida cirúrgica: Infecções graves são raras, mas mesmo as menores exigem uso de antibiótico.
  • Secreção pelas feridas: Deve ser sempre avaliada pelo médico, com diferentes tratamentos a depender da causa. Pode durar até 6 semanas em alguns casos.
  • Lesões de nervos da perna: são incomuns. Entretanto, dois nervos da pele estão particularmente em risco: um da sensação do dorso do pé, e outro da borda exterior do pé. Outros nervos também podem ser acometidos e afetarem a sensibilidade de regiões diferentes da perna. A sensação reduzida pode ser muito perceptível no início, mas normalmente diminui com o tempo e geralmente não é um problema a longo prazo.
  • Trombose venosa profunda: pode ocorrer após qualquer cirurgia, mas é raro após cirurgia de varizes.

Recorrência
A recorrência de varizes ocorre em cerca de 1 em 15 pacientes durante um período de dez anos. Por vezes, pode ser necessário tratamento adicional.

Por que as varizes voltam?

Por que as varizes voltam?

Sim, é verdade, em casos ESPECÍFICOS as varizes podem voltar, nós chamamos de varizes recidivadas.

Existem duas situações bem distintas:

Primeiro é o caso que pode acontecer em quem tem casos da doença na família.

Ou seja, essa pessoa pode tratar e resolver suas veias doentes hoje e depois de um tempo ter que se submeter a novos tratamentos, para tratar veias que antes eram saudáveis. Importante salientar que não se tratam das mesmas veias já tratadas, mas sim de veias que eram saudáveis na época do primeiro tratamento e que se tornaram doentes com o passar do tempo.

O segundo caso são os tratamentos incompletos. Faz somente aplicação de vasinhos sem eliminar a causa. Faz cirurgia e o profissional não consegue eliminar tudo, deixando veias doentes que vão perpetuar o problema. É o “serviço feito pela metade”. Infelizmente esses casos são muito comuns.

Em todos os casos, uma avaliação minuciosa é fundamental. Realizamos o estudo com Ultrassom Doppler e com as novas tecnologias e as novas formas de tratamento é possível eliminar QUALQUER TIPO DE VEIA DOENTE com sucesso e reduzir muito as recidivas.

É importante ressaltar que quanto antes a doença for tratada, maiores as chances de sucesso no tratamento. A prevenção também é essencial.

O que pode ser feito para retardar o aparecimento de novas varizes?
– Praticar exercícios físicos regularmente
– Manter o peso
– Evitar ficar muito tempo em pé ou sentado na mesma posição

Vale lembrar que é essencial fazer o acompanhamento com um cirurgião vascular de sua confiança, para evitar/reduzir o aparecimento de novas veias dilatadas.

Como você pode se preparar para a sessão de Laser para vasinhos?

Como você pode se preparar para a sessão de Laser para vasinhos?

Então você consultou seu cirurgião vascular e foi recomendado o tratamento com laser.

Quais são as medidas importantes para se preparar para o procedimento?

É muito importante manter a pele hidratada: use bons cremes e lembre de usá-lo diariamente.

Proteja a pele da exposição do sol: a pele brozeada é uma pele inflamada, pois o Sol provoca uma agressão. Assim, você deve proteger a pele a ser tratada da exposição solar.

Evite outros tratamentos abrasivos o fototérmicos (laser, luz pulsada, …) por 2 semanas antes e depois do procediemento.

Dra. Ana Carolina Costa – Cirurgiã Vascular

Bom procedimento!

Atividade Física

Meias de compressão: Benéficas ou inúteis?

Já é amplamente conhecido o fato de que as meias de compressão minimizam a dor causada pelas varizes. Mas seu uso atualmente vai além disso e está se tornando tendência nas maratonas e academias.

Quanto mais pessoas descobrem a importância de cuidar da saúde das pernas, maior é a aderência ao uso das meias de compressão. Tanto corredores de maratonas, quanto viajantes de longas distâncias ou mesmo pessoas que trabalham em pé além de 8 horas, podem se beneficiar da adição de uma leve pressão nas pernas.

O crescente uso das meias em eventos esportivos foi estimulado por estudos recentes que demonstraram a melhora na performance durante e após o exercício quando usadas por atletas. Enquanto a ciência ainda está debatendo se meias de compressão realmente ajudam a aumentar o desempenho no exercício, não há dúvida, entretanto, sobre os seus benefícios para a saúde, tais como:
-Ajudar a aumentar a circulação e minimizar a fadiga (contribuindo para uma recuperação mais rápida).
-Prevenção do acúmulo de ácido lático e inchaço durante a prática de atividade física.
-Ajudar a reduzir a dor e os sintomas de varizes e vasinhos.

Se você é um ávido atleta tentando se recuperar de treinamentos recentes ou um novato tentando sair do sofá, aplicar pressão nas pernas com meias de compressão pode ajudar. Especialmente para iniciantes que não estão acostumados com atividade física, as meias são uma ótima maneira para ajudar a circulação e controlar a inflamação.
A questão sobre a melhora da performance durante o exercício ainda não está totalmente esclarecida. Entretanto, o uso das meias é vantajoso independente disso. Mas sempre com orientação médica.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

Como diferenciar vasinhos de varizes?

Embora os pacientes costumem usar os termos vasinhos e varizes como sinônimos, são problemas distintos, embora muitas vezes relacionados, e ambos relacionados com a saúde do sistema venoso.

Vasinhos e varizes são semelhantes em que ambos são inestéticos, mas facilmente tratáveis. No entanto, as semelhanças terminam aí. Os vasinhos, também chamados telangiectasias, são anormalidades predominantemente estéticas, mesmo que, às vezes, possam indicar a existência de doenças venosas subjacentes mais graves. As telangiectasias geralmente medem menos de 1mm de diâmetro e, exceto quando agrupados, não costumam causar elevações visíveis na pele como as varizes mais grossas. Os vasinhos aparecem como finas linhas vermelhas, azuis ou arroxeadas na superfície da pele, muitas vezes semelhantes a uma contusão quando ocorrem em aglomerados.

As veias varicosas ou varizes são veias grandes e salientes acima do nível da pele, muitas vezes parecendo um cordão azulado abaixo da pele. Estas veias salientes podem estar associadas a sintomas de peso e dor nas pernas.
Ambos os tipos de veias podem ser facilmente tratados. Após a avaliação em consulta médica e realização de exames de imagem que se julgue necessários, pode-se traçar um plano de tratamento adequado. As varizes são tratadas principalmente através de cirurgia, que pode incluir o uso do laser ou não. Já o principal tratamento para os vasnhos é a escleroterapia ou aplicação, realiza com injeções.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Varizes

O papel do Ecodoppler na avaliação das Varizes

O trabalho de nossa veias é levar o sangue das diferentes partes do corpo de volta  ao coração para manter a circulação. Dentro de nossas veias, existem válvulas unidirecionais , que permitem que o sangue flua em sentido ascendente, e depois fecham para evitar que ele reflua no sentido inverso devido à ação gravitacional. Uma veia varicosa , por definição , tem válvulas disfuncionais, que permitem esse refluxo. Esta pressão de volta congestiona a veia e pode causar inchaço e sintomas de dor nas pernas.

O ecodoppler colorido, um exame pedido frequentemente pelo cirurgião vascular, nada mais é do que uma ultrassonografia das veias da perna. A tecnologia de ultra-som permite criar um “mapa” venoso para entender quais veias estão funcionando normalmente e quais não estão. As principais veias da perna não são visíveis a olho nu e, por isso, é importante realizar o exame para estudá-las. A partir disso, pode-se formular um plano de tratamento específico para cada perna. Este ultra-som deve ser realizado com o paciente em pé para avaliar verdadeiramente fluxo da veia contra a gravidade. Para o estudo venoso, não é necessário jejum nem uso de contraste.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)

Microvarizes

8 dúvidas sobre escleroterapia

O que é escleroterapia?

A escleroterapia, também chamada de “aplicação” ou “secagem de vasinhos”, envolve a injeção de uma solução diretamente na veia. Essa solução faz com que a veia colapse e feche, forçando o sangue a se redirecionar para veias saudáveis. A veia fechada é reabsorvida no tecido local e eventualmente desaparece. A escleroterapia também pode ser realizada com laser, quando o feixe de luz do laser atinge a veia e aumenta a temperatura local, a ponto de ebulição, fechando o vaso por causa do calor.

Após escleroterapia, as veias tratadas tendem a desaparecer dentro de algumas semanas, embora, ocasionalmente, possa levar até um mês para ver os resultados completos. Em alguns casos, podem ser necessárias várias sessões de escleroterapia.

A escleroterapia trata principalmente vasinhos. Ela é muitas vezes considerada o tratamento de escolha para pequenas varizes, aquelas veias esverdeadas e grossas, desde que não muito dilatadas.

Por que ela é feita?

A escleroterapia é feita com fins cosméticos nas maioria das vezes. Quando os vasinhos vermelhos fecham, o aspecto da pele melhora. Entretanto, o procedimento também pode ser indicado para melhorar sintomas como dor, inchaço, ardência e cãibras.
Em caso de gestação, recomenda-se esperar até depois do parto para se submeter ao tratamento.

O tratamento é doloroso?

A dor costuma ser pequena ou ausente, com boa tolerância dos pacientes. Ela também pode ser minimizada com a diminuição da temperatura da pele.

Qual técnica de escleroterapia devo escolher?

A escleroterapia pode ser realizada com injeções, espuma e laser. A escleroterapia quimica, conhecida como “aplicação”, utiliza um líquido esclerosante que é injetado por microagulhas dentro dos vasinhos. Existem líquidos diferentes que podem ser utilizados de acordo com a preferência do cirurgião e mesmo de acordo com a resposta individual. Na escleroterapia com espuma, é utilizado o polidocanol, substância esclerosante que é transformada em espuma através de sua manipulação. A espuma apresenta é espessa e por isso mantém contato com a parede do vaso por mais tempo, o que aumenta sua eficácia em relação à aplicação convencional com substância líquida. A escleroterapia com laser elimina os vasinhos pela ação física da luz e calor nos vasinhos.

Cada técnica tem sua indicação e o cirurgião vascular é o especialista recomendado para escolher o melhor tratamento.

Quais os riscos?

Escleroterapia é um procedimento bastante seguro, com poucas complicações. Entretanto, nenhum procedimento é isento de risco e é importante conhecer os efeitos possíveis para permanecer atento aos sintomas e comunicar ao médico caso algo aconteça.

Efeitos colaterais esperados:
Ardência, vermelhidão e coceira leve no local por 12-24hs, pequenos hematomas por 3-15 dias
Efeitos colaterais indesejáveis:
Alergias, coágulos nos pequenos vasos (que devem ser tratados), manchas escuras no local (mais comuns com espuma), pequenas feridas (raro), trombose venosa profunda e embolia pulmonar (raro).

Como se preparar para o tratamento?

É essencial que o paciente seja avaliado em consulta médica para que seu histórico seja avaliado, além da realização do exame físico, quando se pode estabelecer a melhor estratégia de tratamento.

Informações importantes do seu histórico:

  • Doenças recentes ou condições médicas existentes, tais como a doença cardíaca
  • Medicamentos ou suplementos em uso, como anti-inflamatórios, especialmente a aspirina, anticoagulantes ou antibióticos
  • alergias
  • Fumo ou uso de contraceptivos orais, pois estes podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos
  • Tratamento prévio para varizes e os resultados do tratamento.

No dia do procedimento:
Procurar comparecer com as pernas depiladas, pois os pelos podem dificultar a identificação dos vasinhos. Evite usar lâmina ou aplicar qualquer loção para as pernas no dia do tratameno. Procure usar uma calça confortável que não deixe marcas na pele. É recomendável levar um short para usar durante o procedimento, para expor melhor as perna.

O que esperar?

Escleroterapia é geralmente feita no consultório do seu médico e não requer anestesia. Geralmente, leva entre 15 a 30 minutos para ser concluída.
O número de aplicações depende do número e do tamanho das veias a ser tratadas. Outros fatores de interferência são a expectativa de melhora, resposta ao tratamento, tolerância à dor, assiduidade e adesão às orientações pós escleroterapia. Alguns vasos desaparecem, outros diminuem e outros não respondem. Por isso, novas sessões são necessárias. Os intervalos entre as sessões devem ser em média de 15 dias.
Após as sessões de escleroterapia pode-se ter vida normal, podendo voltar ao trabalho na mesma hora.
As orientações de pós-escleroterapia variam de acordo com a técnica utilizada e calibre de veia tratada. O cirurgião vascular irá lhe dizer quando você pode retornar as atividades físicas, período sem tomar sol, uso de meias elásticas, cremes ou remédios necessários.

Vasinhos voltam?

Vasinhos novos podem aparecer com o tempo, pois tratamos a consequência, e não a causa da doença.

Dra. Ana Carolina Freire Costa (CRM 32837)